Este site utiliza cookies. Ao continuar a navegar no nosso website está a consentir a utilização de cookies. Saiba mais

Castelo Branco: Pedro Beato na Federação de Tiro com Arco

Artur Jorge - 22/07/2017 - 18:04

Elemento de Castelo Branco vai intervir diretamente no modelo competitivo e das seleções nacionais.

Partilhar:

Pedro Beato, terceiro da direita, ao lado na presidente Maria da Graça Coelho

Há um elemento de Castelo Branco na direção da Federação Portuguesa de Tiro com Arco. Pedro Beato, com um largo percurso na modalidade, é um dos quatro vogais que integram a equipa dirigida por Maria da Graça Coelho.

Chegou a equacionar uma candidatura à liderança do organismo federativo, tinha apoios para a levar em frente, “mas o facto de não viver em Lisboa constituía um grande entrave”. Recusou fazer parte das duas listas que se apresentaram a sufrágio, por considerar que não era no Conselho de Arbitragem, para onde foi desafiado, mas sim na direção que “poderia ser mais útil”.

A lista vencedora não chegou a desempenhar funções mais de três meses. Houve demissão. A lista que tinha sido derrotada recandidatou-se e incluiu Pedro Beato no órgão diretivo. São cinco elementos: a presidente Maria da Graça Coelho e quatro vogais.

Pedro Beato é um homem do tiro com arco. Há décadas. Entende que essa dedicação está na génese das solicitações, mas não só: “a capacidade organizativa na realização de provas não passa despercebida a nível nacional. Desde que recomecei em 2011, já foram feitas em Castelo Branco 24 provas, praticamente um quarto das competições do calendário federativo. E o feedback é que são das que correm melhor. Inclusivamente, outros clubes pedem para os ajudar nas organizações. A minha experiência nesta área ajuda bastante. Existem alguns conflitos entre clubes e a Juventude Albicastrense é um dos poucos emblemas respeitado por todos”.

Considera que ter um elemento na FPTA é uma mais-valia para a própria modalidade em Castelo Branco. No passado, entre 1995 e 1997, a capital beirã já teve representação na Federação, por António Lourinho. “A aproximação da Federação com as entidades públicas é sempre importante”, refere.

Um dos grandes desafios do elenco federativo, segundo Pedro Beato, passa por levar o tiro com arco a mais zonas do país. Nesse sentido, a formação de técnicos deverá constituir prioridade. “Neste momento, só existem clubes na zona da Grande Lisboa, Caldas da Rainha, Tavira, Castelo Branco, Viseu, Porto, Vila do Conde, Viana do Castelo, Madeira e ilha de São Miguel, nos Açores. No mapa de Portugal há um espaço vazio enorme”. Outro aspeto, tem a ver com a necessidade de uma maior intervenção no desporto escolar, já que “em cada escola cada um inventa a suas regras e é preciso uniformizar”.

Mas o maior objetivo da equipa federativa passa pelo ciclo olímpico em curso. Levar atletas aos Jogos Olímpicos de Tóquio’2020. A última representação lusa remonta a 2008.

Especificamente em relação às suas funções, Pedro Beato concretiza: “passam, entre outros aspetos, pela alteração do modelo competitivo, que apresenta lacunas, bem como o modelo das seleções nacionais, que nos últimos anos falhou. Estar numa seleção nacional exige trabalho, não pode ser estar por estar. Vamos apostar no potencial de algumas pessoas, nomeadamente ao nível das camadas jovens”.

Pedro Beato elenca outra área de intervenção, junto dos clubes. Analisar os problemas atuais. “O maior problema da modalidade assenta aí, no facto de os clubes não terem espaços específicos para o treino do tiro com arco. Para se alcançarem patamares superiores e estar na alta competição é preciso treinar cinco ou seis dias por semana e entre 200 a 300 flechas por treino. Ainda na semana anterior visitei o Clube de Tiro de São Miguel, nos Açores, e constatei as dificuldades que existem. É desmotivante para dirigentes e treinadores terem de treinar em casas emprestadas. Eu sei bem o que isso é. Sinto-o na pele em Castelo Branco. Não reclamamos um pavilhão desportivo, basta um armazém, ou um corredor com 25 metros de cumprimento. Mas que sejam espaços próprios, que não obriguem a andar com o material às costas”. Será um diretor desportivo na estrutura federativa.

JA. Simultaneamente, vai manter a coordenação do tiro com Arco na Juventude Albicastrense, “bem como se aparecer mais algum clube na região, continuarei a desempenhar o meu papel”, conclui.

COMENTÁRIOS