Este site utiliza cookies. Ao continuar a navegar no nosso website está a consentir a utilização de cookies. Saiba mais

Ideias e Factos: O (des) orçamento

Agostinho Dias - 20/10/2016 - 9:49

Após muitas negociações entre os partidos que formam a geringonça, após muitas especulações das outras forças partidárias e de muitos jornalistas, lá surgiu finalmente, na data prevista, o orçamento para o ano de 2017.

A grande preocupação é com a dívida que não pode ultrapassar os 2,5% do PIB este ano, e os 1,8% no próximo ano.

Esta é a exigência de Bruxelas e, se não for cumprida, estamos sujeitos a penalizações que nos podem dificultar a vida.

É pena que o objetivo do orçamento tenha de ser este, mas esta é a consequência do nosso endividamento no passado.

O orçamento deveria avaliar a qualidade de vida das pessoas, a situação do desemprego, a distribuição da riqueza pelos cidadãos, a sustentabilidade alimentar e ecológica, a garantia da educação, da saúde e da justiça, e a partir destes fatores descobrir os melhores caminhos para atuar no país.

Deveria sobretudo lutar pela erradicação da pobreza no país, seja pela revitalização e modernização da agricultura e floresta, seja pelo investimento nas atividades industriais e na ciência, seja pelo ordenamento do território, dando a devida atenção à desertificação rural.

Infelizmente nenhum destes capítulos específicos são devidamente contemplados.

A grande preocupação é o PIB e o Défice público.

No fundo até compreendo que seja assim.

Quem manda é Bruxelas que pode rejeitar o orçamento e devolvê-lo à procedência, e para a U.E. o que importa é a nossa dívida, e não a nossa qualidade de vida.

Como o endividamento público continua a aumentar a ordem é despedir trabalhadores, fechar instituições, aumentar impostos, diminuir salários…

O orçamento é para servir a União Europeia e não para servir Portugal.

 

COMENTÁRIOS