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Arbitragem: Uma paixão de 40 anos…

Artur Jorge - 15/04/2017 - 19:21

Confessa que foi apanhado desprevenido pela distinção que o NAFA lhe preparou. Manuel Augusto Nabais chega a emocionar-se.

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Manuel Augusto Nabais tem uma relação de 40 anos com a arbitragem

Confessa que foi apanhado desprevenido pela distinção que o NAFA lhe preparou. Chega a emocionar-se. Tem um carinho de quatro décadas com a arbitragem, causa que abraçou em 1977, quando deixou de jogar futebol no Desportivo de Castelo Branco. “Apareci quando estavam na Comissão de Arbitragem pessoas como o José Farromba, o Saraiva e o José Batista. Intercetaram uma série de rapaziada: eu, Caldeirinha, Sardas, João Catana, o Cabrita… o curso foi feito nas instalações da Rua Rei D. Dinis”, recorda Manuel Augusto Nabais, que sexta-feira foi homenageado pelo Núcleo de Árbitros de Futebol Albicastrenses. Tomou-lhe o gosto e não mais arrefeceu a paixão. É do tempo em que o campeonato distrital de futebol “tinha 16 e 18 equipas”, algumas emblemáticas como o Minas da Panasqueira, Unhais da Serra, Tortosendo, Barco ou Indústria Cebolense. Manuel Nabais foi árbitro nos nacionais, “não subi à 2.ª categoria por umas décimas, depois de uma época muito boa, a arbitrar jogos difíceis”. Foi observador da Federação e mais tarde da Liga. “Desci com uma pontuação de 81,464 pontos. Parece incrível!”, desabafa. Cruzamo-nos com Manuel Nabais praticamente todos os fins-de-semana, num qualquer recinto desportivo deste distrito. Está-lhe no sangue. “Agora com mais tempo, aproveito para apreciar o talento dos árbitros e dos jogadores”. Na arbitragem nota uma crise, “aparecem poucos jovens”. As notícias das agressões desmobilizam e Manuel Nabais fala de outra condicionante destes tempos: “é muito bonito os pais fomentarem a prática desportiva aos filhos. Já não é o comportamento que vejo da parte de muitos desses pais para com os árbitros. À mínima falha é o bota abaixo. Isso não ajuda mesmo nada”. Discretamente, “mesmo não estando de serviço” tem sempre uma palavra para os árbitros. Fala em conselhos. Em estímulos. “Sempre foi assim”, dizem-nos.

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