"Hoje irei sair daqui muito emocionado e também com a minha auto estima em alta. Mas, se virmos bem, eu é que devia agradecer o facto de ter podido trabalhar convosco e para vós". Foi desta forma que Arnado Brás, ex-vice-presidente de Luís Correia na Câmara de Castelo Branco, e vereador de Joaquim Morão, durante 16 anos, começou por agradecer às cerca de 800 pessoas que se reuniram num jantar para o homenagear.
"O facto de ter trabalhado para vós, para esta comunidade albicastrense, foi por demais gratificante, embora considere que não fiz mais que a minha obrigação. Sempre me empenhei ao máximo naquilo que fiz, sempre coloquei todas as minhas potencialidades ao serviço da causa pública e sempre entendi a minha participação na vida autárquica como uma missão transitória que tive muita honra em desenvolver", disse na sua intervenção, já depois de ter ouvido as intervenções de Joaquim Morão, de quem foi vereador durante 16 anos, e de Luís Correia, de quem foi seu vice-presidente na autarquia albicastrense, nos últimos quatro anos.
Arnaldo Brás disse sentir "um enorme orgulho em ter participado na grande transformação do concelho de Castelo Branco nestes últimos vinte anos. Primeiro com Joaquim Morão. Neste último mandato com Luís Correia. Castelo Branco modernizou-se, abriram-se avenidas, derrubaram-se muros, quarteirões inteiros, construíram-se pontes, criaram-se novos equipamentos culturais, desportivos e de lazer de grande qualidade, criou-se emprego, melhoraram-se as condições de vida das pessoas na cidade e nas freguesias. Hoje os albicastrenses orgulham-se da sua cidade e do seu concelho. Tenho muito orgulho em ter participado neste processo de desenvolvimento. De ter colaborado com pessoas que irão ficar para a posteridade como referências incontornáveis como são Joaquim Morão ou Luís Correia. Mas, não posso deixar de referir mais um aspeto. É que todos estes processos de desenvolvimento por que passou Castelo Branco têm também uma marca que não pode ser esquecida. É a marca da competência, da tolerância, da igualdade, da fraternidade, da unidade, da responsabilidade, em suma a marca do Partido Socialista".
Arnaldo Brás falou sobretudo do trabalho desenvolvido, primeiro com Joaquim Morão, e depois com Luís Correia, mas também com os vereadores e todos os presidentes de junta de Freguesia, que nos últimos 20 anos desempenharam funções.
A homenagem que partiu de uma comissão organizadora liderada por Luís Correia e composta por Maria José Batista, Carlos Mingacho, Celeste Rodrigues, Luís Andrade, Miguel Vaz, Pedro João Serra e Romeu Fazenda.
Depois de um curto filme, que apresentou imagens dos últimos 20 anos enquanto autarca, coube a Joaquim Morão falar daquele que foi seu vereador durante o tempo em que presidiu à Câmara. O ex-presidente do Município albicastrense, lembrou que percurso de Arnaldo Brás começou muito antes de ter assumido funções de vereador na autarquia. "Ele serviu o Partido Socialista durante muitos anos e em períodos difíceis. Arnaldo Brás serviu o concelho na oposição e no poder. O PS estava na oposição e foi necessário fazer um caminho duro e difícil para reconquistar a Câmara de Castelo Branco. Ele e outros camaradas fizeram um trabalho importante. Eu apenas vim dar o empurrão final. A mim coube-me ser o candidato à Câmara em 1997, por indicação da Comissão Política Nacional, e ganhámos".
O antigo presidente da Câmara recordou ainda os momentos em que se socorreu de Arnaldo Brás, em momentos mais difíceis. Joaquim Morão considera que "Arnado Brás fica ligado a um ciclo de ouro de Castelo Branco, de prosperidade, de grande dinamismo, de obras importantes e estruturais. Foram 16 anos de grande progresso continuados depois com Luís Correia. Nunca Castelo Branco teve um progresso tão importante. E este ciclo não é de 20 anos, é para continuar. O PS aspira governar Castelo Branco durante muito tempo, pois somos os que temos mais capacidade para o fazer".
Luís Correia, presidente da Câmara de Castelo Branco, agradeceu o trabalho desenvolvido por Arnaldo Brás em prol do concelho. "Este é um gesto de reconhecimento", disse o autarca, para depois acrescentar: "estamos perante um homem que estando sempre presente aceitou estar quase sempre invisível, o que implica uma grande capacidade de trabalhar para o coletivo. Durante décadas foi o homem invisível atrás do protagonista do momento".
O autarca recordou que "Arnaldo Brás foi um autarca de convicções fortes, que sempre as defendeu, muitas vezes de forma intransigente. Em conjunto, Arnaldo Brás e os eleitos das nossas freguesias, souberam estabelecer pontes e transmitir ao executivo municipal as necessidades das pessoas das freguesias". Luís Correia destacou o trabalho desenvolvido "nas freguesias do concelho, sobretudo nas rurais. Um trabalho que contribuiu de forma determinante para a promoção da coesão territorial e dar às freguesias a oportunidade de assumirem um papel relevante num processo de desenvolvimento do concelho".
Na sua intervenção, Luís Correia sublinhou o trabalho efetuado, e que "queremos que continue a realizar, na Associação Amato Lusitano, que em parceria com a Câmara tem contribuído para a concretização de muitos projetos sociais (...) como a Universidade Sénior".
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