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Autárquicas: BE diz que Castelo Branco não é um bom exemplo na defesa do ambiente

José Júlio Cruz - 21/09/2017 - 9:30

A autarquia albicastrense não é um bom exemplo quando se trata de aplicar políticas ambientais e patrimoniais, acusa o BE.

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Para o BE, o trabalho da autarquia albicastrense está longe de ser exemplar

Os candidatos autárquicos do Bloco de Esquerda (BE) em conferência de imprensa realizada segunda-feira, dia 18, em Castelo Branco pronunciaram-se sobre diversas questões ambientais e patrimoniais. O encontro teve lugar junto ao chafariz de S. Marcos, construído no Século XVI, que de acordo com os bloquistas é bem o exemplo da falta de atenção da autarquia para estas questões.

Luís Barroso, candidato à Câmara, lembrou que "estamos no largo de S. Marcos onde deveria existir uma praça, que para além de espaços verdes e um lago, teria um parque de estacionamento subterrâneo e um edifício para habitação social".

Tudo isto, recorda o candidato, "foi aprovado numa Assembleia Municipal em 2012. O chafariz seria recuperado e integrado com nova centralidade". Pelo contrário, como afirmou, "o que vemos é um parque de estacionamento à superfície e nada mais". Ou seja, segundo BE, "a Câmara perdeu uma oportunidade para valorizar esta zona de forma equilibrada".

O BE defende que se deva "voltar a estudar o aproveitamento do espaço, acrescentado com a eventual aquisição de edificações devolutas, retomando o projeto e integrando no mesmo uma capela mortuária para complementaridade da já existente que é insuficiente e sem privacidade".

Celeste Ribeiro e José Ribeiro, candidatos à Assembleia de Freguesia e à Assembleia Municipal, corroboraram esta ideia acrescentando que "o património cultural e histórico não passa só por museus e salas de exposições", nem por aquilo que consideram ser "operações de cosmética". "É importante saber envolver as escolas na história local para que possa ser passado o testemunho às gerações mais novas, criando o gosto pelas coisas que temos", disseram.

Mas, esta posição pública do BE foi mais abrangente. O partido entende que "a defesa do espaço público e do ambiente constitui um requisito indispensável para o desenvolvimento". Assim, foram lembradas questões como a do "atentado ambiental que era o aterro de cadáveres de animais de companhia na reta do lanço grande" e outras, como a "instalação da Valamb, empresa de transformação de bagaço de azeitona, altamente poluidora, nos limites da freguesia de Castelo Branco e Alcains, que a Câmara insiste em concretizar".

"A autarquia tem de dar o exemplo decisivo na fiscalização e combate às fontes de poluição, na preservação dos rios, barragens, florestas e da qualidade do ar", concretiza o BE. Luís Barroso não entende "como até aqui o executivo não tenha um verdadeiro vereador responsável pelo ambiente, nem tenha nos seus serviços pessoas com competências nesta área". Com várias denúncias nesta área efetuadas no Parlamento pela voz dos seus deputados, os bloquistas lamentam também "a não existência de um plano municipal de emergência de proteção civil para o risco de acidente nuclear em Almaraz, de acordo com o grau de exposição em Castelo Branco".

 

SANTA ÁGUEDA Este partido centrou ainda parte da sua intervenção política na albufeira de Santa Águeda: "A qualidade da água que abastece os consumidores não tem merecido da Câmara e dos Serviços Municipalizados uma posição concertada junto das instituições fiscalizadores e responsáveis pelo cumprimento do Plano de Ordenamento, deixando que várias atividades agrícolas o desrespeitem".

Em termos ambientais, entre muitas outras propostas apresentadas (ciclovias, iluminação LED, árvores de espécies autóctones, ...), ficou expressa a necessidade de um melhor planeamento, ordenamento e gestão de florestas. "Vejam o que aconteceu na parte sul da serra da Gardunha, que pertence ao nosso concelho, com os últimos fogos de verão. Perdemos um património natural e todo o seu ecossistema", frisou Luís Barroso.

Apostar na educação cívica e ambiental para promover uma alteração dos comportamentos de risco existentes; Fazer um cadastro atualizado da propriedade rustica/florestal; Implementar um sistema automático de deteção de fogos nascentes; e

Criar um Plano Concelhio de Intervenção Florestal foram outras sugestões apresentadas.

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