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Autobiografia: Uma vida por dois continentes

Fabião Baptista - 15/12/2016 - 10:55

Acabo de ler uma obra literária, que tem por sugestivo título, “Uma vida por dois continentes e uma visão do estado da nação”. É um livro que tem por autor, o conhecido e prestigiado empresário, Alfredo da Silva Correia.

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Acabo de ler uma obra literária, que tem por sugestivo título, “Uma vida por dois continentes e uma visão do estado da nação”. É um livro que tem por autor, o conhecido e prestigiado empresário, Alfredo da Silva Correia.
Com impecável apresentação gráfica, saiu do prelo da RVJ Editores, com 350 páginas, distribuídas por 18 capítulos.
Esta narração, para além de ser uma notável e feliz autobiografia do autor, tem uma elevada valia empresarial. É que ela é um verdadeiro compêndio da área de economia e finanças, que deve ser apreciado por todos quantos sintam a vocação empresarial, a fervilhar-lhe nas veias.
É um livro que é uma descrição tão emotiva, a entusiasmante, que é difícil deixar de se ler, enquanto não se chega ao fim.
O seu absorvente e suculento conteúdo, é uma autêntica antropologia vivencial, toda ela concebida com base na história da própria vida do autor, passada uma parte no interior do sertão de Moçambique, outra em Lourenço Marques e a restante em Castelo Branco.
Uma das facetas que mais impressionam, ao ler esta descrição, é a surpreendente maneira, como o autor sabe escrever tudo quanto se passou, na aldeia de Roda, freguesia de Cardigos e concelho de Mação, em Castelo Branco e em África, de maneira tão minuciosa e sempre sem nunca perder o fio condutor, da ética, da interação cultural e objetiva da história que quer narrar e sempre o norteou, através duma descrição vivencial.
Para além de tudo isto, impressiona também, os detalhes da narrativa e todos os seus meandros, até ao mais ínfimo pormenor, que envolve a sua existência, por vezes, bem íntima e plena de saber tropical.
À medida que se avança, na leitura deste livro, salta aos olhos temas reais, pungentes e fidedignos, que impressionam, mas que a própria narrativa não deixou de registar, de maneira sensível, mas sempre implacavelmente fiel ao passado e ais princípios da probidade, que impulsionaram, desta autobiografia. Deste modo, este livro que descreve, com impressionante realismo, a vida do autor, cheia de sucessos e também de aventureirismos, é uma singular descrição, que nos arrebata, entusiasma e seduz. Com alguns termos gentílicos e bastante documentação fotográfica, esta obra está escrita com fino recorte literário, dando-nos a conhecer uma sucessão de acontecimentos que evidenciam bem o alto talento do autor, para o investimento empresarial e extraordinária apetência e experiência para ser um sublime e credenciado dirigente empresarial. Neste sentido, podemos garantir que “Uma vida por dois continentes” é um precioso documento que narra o passado, observa meticulosamente o presente e perspetiva o futuro, o que deve ser apreciado e meditado, pelas gerações atuais, as quais muito terão a aprender, com a leitura deste livro e a interação deste insigne empresário.
Além do mais, é uma obra que servirá aos vindouros, como um precioso contributo, para se conhecer melhor, como se pode triunfar na vida.
Neste contexto, todos temos a lucrar, com melhor conhecer o passado e as inúmeras vicissitudes inerentes aos seus filhos. Como tal, este livro é, simultaneamente, uma lição e um aviso. Uma lição, pelo conhecimento que nos proporciona, do modo de vida de alguém que soube lutar contra todas as adversidades, que nunca soçobrou e veio a triunfar. E um aviso para melhor conhecermos, os erros que foram cometidos, pelos nossos antepassados, nomeadamente em terras do ultramar português, territórios que eram nosso e tão inconscientemente foram abandonados, através da chamada “descolonização exemplar”, que de exemplar só teve o nome.

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