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Avós eram cientistas: Pão de milho e tarro alentejano vencedores

Lídia Barata - 24/05/2018 - 8:00

Tradições dos nossos avós são explicadas pelos petizes de forma científica, um desafio que de ano para ano tem ganho em participações.

 

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O concurso continua a superar expetativas de ano para ano

A Escola Básica do 1.º Ciclo do Troviscal, do Agrupamento de Escolas de Oliveira do Bairro, foi a vencedora do concurso “Os nossos avós eram cientistas”, na categoria Educação de Infância, com o tema “Pão de milho”. Já na categoria 1.º Ciclo do Ensino Básico, a vencedora foi a Escola Básica de Santiago Maior, do Agrupamento de Escolas de Beja, com o tema “O tarro alentejano”. Promovido pelo Centro de Ciência, Tradição e Cultura do Instituto Politécnico de Castelo Branco (CTeC/IPCB), o concurso nacional teve este ano a novidade de ser também aberto aos jardins de infância, tendo sido de novo proposto a todos, que estudassem um costume do tempo dos seus avós e que a fizessem acompanha de uma explicação científica e uma história ligada à tradição escolhida.

Na categoria dos mais novos, à vencedora do Troviscal, juntaram-se em segundo lugar, ex aequo, o Jardim Escola das Violetas, do Agrupamento de Escolas Afonso de Paiva, com o tema “Cientistas de palmo e meio – Experiências com leite” e o Jardim de Infância do Rodrigo, do Agrupamento de Escolas Pêro da Covilhã, com o tema “Por que faziam as nossas avós/bisavós o chá?”. O terceiro lugar também foi dividido entre o Jardim Escola A Lã e a Neve, do Agrupamento Pêro da Covilhã, com o tema “Lã colorida”, e o Jardim Escola da Soalheira, do Agrupamento de Escolas Gardunha e Xisto, com o tema “Lenda das águas”. Houve ainda uma menção honrosa para o Jardim Escola de Castelo, do Agrupamento de Escolas da Sertã, com o tema “O milho é só para dar às galinhas?” Já na categoria do 1.º Ciclo, o segundo lugar foi para a Escola Básica de Glória, do Agrupamento de Escolas de Estremoz, com o tema “Conservar para a alimentação melhorar”, o terceiro para a Escola Básica de Castelo, da Sertã, com o tema “Cinzas! Usar ou não, eis a questão!”, e menções honrosas para a Escola Básica de São Bento do Cortiço, do Agrupamento de Escolas de Estremoz, com o tema “Os poderes medicinais do mel”, a Escola Básica de Praias do Sado, do Agrupamento de Escolas Sebastião da Gama, com o tema “Os temperos das nossas avós”, e Escola Básica de Escalos de Baixo, do Agrupamento de Escolas Nuno Álvares, com o tema “Sedes doutrora – A água”.

Segundo as organizadoras do evento, as professoras Helena Tomás, Margarida Afonso e Paula Peres, “o número de participantes tem vindo a crescer ao longo das diversas edições do concurso, tal como este ano, em que as expectativas foram superadas, com ‘casa cheia’ na entrega dos prémios. Algumas das escolas/professores/agrupamentos são também ‘repetentes’”, isto porque “há uma certa ‘sedimentação’ da ideia de que é um desafio muito estimulante para as aprendizagens das crianças e que contribui para uma maior motivação delas para essa mesma aprendizagem”. Quanto às participações, a maioria dos trabalhos chega do centro e sul do país, “aspeto que tem feito refletir sobre qual a razão destes factos”. Contudo, “o feedback de professores, educadores, júri e entidades que apoiam o concurso, tem sido muito positivo. Consideram uma ideia ‘muito feliz’ de como conciliar ciência, com cultura, com preservação da identidade e da memória coletiva, com educação científica e cultural dos mais pequeninos”.

Além disso, “o concurso tem proporcionado o encontro inter geracional dentro e fora da sala de aula, aproximando também os avós do ambiente dos mais novos, pois muitos destes trabalhos enviaram-se diretamente nas atividades”.

Resultados que motivam esta equipa a dar continuidade ao concurso, pensando já na quarta edição. “Estamos a contar fazer uma divulgação mais direta e mais expressiva para dar ainda maior visibilidade ao concurso e também uma maior valorização à cultura, à ciência, à educação científica e cultural das nossas crianças. E contamos com uma maior participação dos jardins de infância e das escolas do 1º CEB”, frisam.

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