Le Mans não é só carros e motos. É também cinema e bicicletas.
Antes de mais: estou há quase uma semana sem fazer a barba, para felicitar o nosso Salvador Sobral. Tem fans aqui em França. Conheci um, gasolineiro, ainda antes do Salvador ter arrasado no Eurofestival.
Fiquei cinco dias em Le Mans e quatro noites na residência de estudantes. Paguei 50 euros pela estadia, o que ultrapassa a média diária estipulada (10 euros), mas para a qualidade do quarto e do serviço dificilmente encontrava mais barato. Além de ter coincidido com os dias de chuva. Soube bem. Precisava desta paragem para os meus compromissos universitários, de que já falei.
A cidade de Le Mans, mítica pelas corridas automóveis, é extremamente interessante. Recomendo andar de elétrico. Fi-lo entre a residência e a universidade.
Deixei a cidade localizada nas margens do Rio Sarthe. E voltei a dar ao pedal. Por estradas secundárias e sem grandes subidas. Quase sempre em alcatrão e alguns trilhos para acampar numa albufeira. Furei. Pela primeira vez vesti calções.
Foram 40 quilómetros entre Le Mans e Baugé. Comida? Muitas peras. Estavam em promoção. Vi um grupo de caminheiros de mochila ao chegar a Baugé. E tentei falar em francês com uns jovens na albufeira onde acampei. Ainda ganhei um pão com chocolate.
Avizinha-se um percurso com alguns pontos de interesse ao largo do rio Loire.
P.S. Daniel Machado prossegue o seu périplo de bicicleta entre Loughboroug, na Inglaterra, onde faz Mestrado, e Castelo Branco. Semanalmente faz o relatório de viagem no Reconquista.
Já pedalo em solo francês. Adeus Inglaterra, olá Le Havre. Esta cidade portuária, na região da Normandia, deixa-me uma impressão muito boa.
Estou a caminho de Le Mans. Passei dois dias agradáveis em Caen, perto de reservatórios de água para abastecer carros de rega.
Percorri uma centena de quilómetros entre Carrouges e Le Mans. Tomei a decisão de chegar a esta cidade mítica do automobilismo.