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Bombeiros: O socorro não está em causa

Lídia Barata - 13/12/2018 - 10:34

Os soldados da paz do distrito de Castelo Branco estão neste momento conturbado alinhados com a posição da Liga dos Bombeiros Portugueses, única representante destes operacionais.

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Bombeiros estão em protesto contra o Governo. Foto arquivo Reconquista

Os soldados da paz do distrito de Castelo Branco estão neste momento conturbado alinhados com a posição da Liga dos Bombeiros Portugueses, única representante destes operacionais. Em comunicado, a Federação Distrital lembra que “os bombeiros voluntários são o principal agente de proteção civil, que garante cerca de 98 por cento da atividade de socorro em Portugal”, pelo que, afirma “estarão sempre presentes e jamais colocariam em causa a segurança de pessoas e bens do distrito e do país”.

Tal como a Liga, também a Federação dá conta que “após muitos meses de negociação, o governo decidiu unilateralmente, e sem consultar o seu ‘parceiro’ no socorro, publicar e propor a promulgação de legislação que é altamente prejudicial para o socorro, como se conhece hoje em dia. A título de exemplo, a proposta de ‘partir’ o distrito nas comunidades intermunicipais irá criar a divisão entre as diversas corporações, ficando inclusive a comunidade mais pequena do país, apenas com seis corpos de bombeiros”.

 

Federação distrital está alinhada com a Liga dos Bombeiros. Foto DR

 

Os bombeiros exigem “respeito e apenas pedem exatamente isso ao governo, através da criação de uma direção nacional de bombeiros autónoma da Autoridade Nacional de Proteção Civil, um comando próprio, à semelhança do que existe em todas as forças que concorrem para o socorro em Portugal, um cartão social do bombeiro, onde estarão definidos benefícios para os que diariamente, de forma voluntária, engrossam estas fileiras”.

E avançam que, desde domingo, dia 9 de dezembro, não estão a transmitir dados para o Comando Distrital de Operações de Socorro qualquer informação e garantem que “todos os corpos de bombeiros aderiram a esta manifestação de desagravo”, reiterando, contudo, que “a manutenção do socorro é inquestionável”, dando como exemplo que, nas 19 horas subsequentes ao início deste protesto, os bombeiros voluntários responderam a 17 emergências pré-hospitalares e 121 deslocações para transporte de doentes, envolvendo 276 operacionais e 138 veículos. “Os responsáveis pelos bombeiros do distrito são pessoas responsáveis, conhecedores da legalidade e da missão que têm entre mãos e jamais colocariam em causa a segurança dos concidadãos”.

Este comunicado vem de facto na linha de um outro veiculado pela Liga dos Bombeiros Portugueses, contra os diplomas aprovados em outubro pelo Conselho de Ministros, que querem “intermunicipalizar” as corporações, uma falta de atenção que esta instituição refere existir quase desde a criação dos voluntários, há 600 anos.

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