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Castelo Branco: Agência do Ambiente analisa situação de Santa Águeda

José Furtado - 03/05/2018 - 16:28

As autoridades estão a investigar o que a Quercus classifica de possível crime ambiental na barragem do concelho de Castelo Branco.

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Imagens da Quercus mostram película verde próximo de terrenos agrícolas. Foto Quercus

A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) está a analisar o que se passou na albufeira de Santa Águeda em Castelo Branco, onde surgiram nos últimos dias peixes mortos e uma mudança de tonalidade da água.

A Quercus de Castelo Branco diz ter detetado “mais um crime ambiental” na albufeira que abastece de água o concelho de Castelo Branco, recordando as movimentações de terras e outras alterações feitas no local nos últimos anos, que na sua opinião violam o plano de ordenamento da albufeira.

“Parte destas intervenções decorrem em domínio público, num claro atropelo do interesse público”, dizem os ambientalistas em comunicado.

A Quercus detetou a 1 de maio “a presença de peixes mortos e a aplicação ilegal de pesticidas na zona reservada da albufeira”, que terão provocado “uma alteração significativa das suas características de cor e cheiro indiciando contaminação e eutrofização da albufeira”.

A associação acabou por formalizar uma queixa por crime ambiental.

A APA esclarece em comunicado que pediu a colaboração da GNR “que se deslocou à albufeira e verificou a existência de peixes mortos”, o que acontece a 27 de abril.

Segundo a APA o número de peixes mortos rondava a dezena e por se encontrarem em avançado estado de decomposição “ não foi recolhido para análise qualquer exemplar”.

A equipa “verificou ainda a existência, junto à margem, de uma pelicula amarela/verde clara à superfície da água, efetuando recolha de amostra competente, para análise”.

A agência pediu ainda à Águas de Vale do Tejo, que capta e trata a água para abastecimento publico, para participar a situação e questionar de eventuais alterações na qualidade da água, tendo sido informada “que não se tinha verificado, à data, qualquer alteração, ficando assumido compromisso de reporte caso isso se verificasse”.

A mesma Águas de Vale do Tejo tinha detetado a 28 de abril “a existência de uma pelicula amarelada à superfície da água, proveniente dos pinheiros”.

A GNR voltou ao local a 1 de maio e no dia a APA” voltou a efetuar novas colheitas de água, inclusive em linhas de água afluentes à albufeira”, não havendo para já resultados.

Tal como o Reconquista noticiou na quarta-feira o partido Ecologista Os verdes já pediu explicações ao Ministério do Ambiente, através do seu grupo na Assembleia da República.

COMENTÁRIOS

José
à muito tempo atrás
Somos um mundo de ipócritas só não quem não quer ou recebe por conveniência
jmarques
à muito tempo atrás
Podem poluir à vontade e à vontadinha que os poluidores ficam sempre impunes e eles sabem disso.