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Castelo Branco: Análises descartam poluição por pesticidas na barragem

José Furtado - 16/05/2018 - 15:30

Descarga indevida de esgoto poderá estar na origem de foco de poluição ocorrido em Santa Águeda.

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Análises descartam a hipótese de poluição causada por pesticidas. Foto Luís Tavares/ Reconquista

A APA- Agência Portuguesa do Ambiente não encontrou vestígios de pesticidas acima do recomendado nas amostras recolhidas para análise na barragem de Santa Águeda, no concelho de Castelo Branco.

A informação foi confirmada ao Reconquista por fonte da APA, depois de no final de abril terem surgido no local alguns peixes mortos e uma mudança de coloração da água junto a uma exploração agrícola.

Na altura a Quercus não hesitou em classificar esta situação como “mais um crime ambiental” na albufeira que abastece de água o concelho de Castelo Branco, falando da “presença de peixes mortos e a aplicação ilegal de pesticidas na zona reservada da albufeira”.

O resultado das análises revela a presença de uma bactéria “potencialmente produtora de toxinas”, que estará relacionada com a subida das temperaturas e de nutrientes na água. Estes nutrientes terão aumentado significativamente “em finais de abril e no princípio de maio” e segundo fonte da APA estarão relacionados com uma “descarga pontual indevida de um efluente com características similares às águas residuais domésticas".

A APA não aponta a origem mas no passado admitiu que as estações de tratamento de águas residuais da Lardosa, Soalheira e Louriçal do Campo não possuíam sistemas de remoção de fosfato, que acabam por provocar o crescimento de algas, que por sua vez retiram oxigénio à água.

O Reconquista questionou o Ministério do Ambiente sobre esta possibilidade mas não obteve resposta até ao fecho desta edição.

As análises efetuadas pelas Águas do Vale do Tejo à água captada em Santa Águeda também não revelaram concentração de fertilizantes “acima das normas de qualidade”.

A empresa que gere a estação de tratamento de Santa Águeda terá reforçado as análises face a este alerta dos ambientalistas.

Questionado pelo Reconquista à margem da visita que fez a Penamacor, o ministro do Ambiente garantiu que a Águas do Vale do Tejo “tem feito análises a duplicar, seja à entrada da estação de tratamento como à saída, e a água é de excelente qualidade e pode ser consumida”.

João Pedro Matos Fernandes recordou que a primeira entidade a dar conta do problema e a chegar ao local foi a Agência Portuguesa do Ambiente.

“Os primeiros a chegar, ainda essa notícia não era pública, foram os técnicos do Ministério do Ambiente”.

O ministro do Ambiente não comenta a existência de um pomar a poucos metros da linha de água mas avisa que existe um plano de ordenamento da albufeira” que está aprovado e obviamente tem de ser cumprido e as atividades têm de o fiscalizar”.

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