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Castelo Branco: História do Ladoeiro e criptojudeus

Reconquista - 07/09/2017 - 8:00

O Movimento Monárquico de Castelo Branco realizou, dia 30 de agosto, na Biblioteca Municipal de Castelo Branco, a sua 57.ª palestra, tendo como orador Pedro Rego da Silva, que falou da sua última obra, "Subsídios para o Estudo da História do Ladoeiro" e dos CriptoJudeus da Beira Baixa no século XVI. 

 

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Esta foi a 57.ª palestra dos monárquicos

O Movimento Monárquico de Castelo Branco realizou, dia 30 de agosto, na Biblioteca Municipal de Castelo Branco, a sua 57.ª palestra, tendo como orador Pedro Rego da Silva, que falou da sua última obra, "Subsídios para o Estudo da História do Ladoeiro" e dos CriptoJudeus da Beira Baixa no século XVI. Marcou presença neste evento, como convidado de honra, o presidente da Junta de Freguesia de Ladoeiro, Gonçalo Costa.

Rui Mateus, em representação do presidente do Movimento Juventude Monárquica de Castelo Branco, na abertura do evento, fez questão de sublinhar que o principal objetivo destes encontros não é fazer política, mas procurar levar a cultura e o conhecimento histórico às populações, particularmente a sítios onde este tipo de eventos raramente tem lugar, não sendo naturalmente o caso da Biblioteca Municipal de Castelo Branco, mas o de inúmeras aldeias do distrito por onde o Movimento tem andado.

Gonçalo Costa agradeceu o convite que lhe foi formulado para presidir à cerimónia, sublinhando o facto de nos últimos tempos o Ladoeiro ter sido objeto de estudo de diferentes autores, com diferentes perspetivas sobre a localidade, o que contribui para o conhecimento e divulgação da freguesia, que, como referiu, tem muito mais que oferecer que as melancias, os tomates e outros produtos pelos quais é reconhecida.

Pedro Rego, em subordinação ao tema da palestra, fez a apresentação da sua monografia do Ladoeiro, começando por pôr em evidência a estreita relação que existe entre a fundação e o povoamento deste lugar e a história de Castelo Branco e da igreja de São Miguel, onde existiu uma capela dedicada a Santa Eulália, cujos rendimentos provinham de herdades de além Ponsul, do Esporão e do Ladoeiro. O Autor deteve-se com particular ênfase no capítulo dedicado aos judeus do Ladoeiro, e ao motim da via sacra de 1578, no qual alguns cristãos novos desafiaram as entidades eclesiásticas locais, particularmente o cura, por este injuriar os judeus na estação da via sacra. Paralelamente, o investigador fez ainda uma alusão demorada à obra de Maria Antonieta Garcia, Inquisição e independência – Um motim no Fundão - 1580, editada pela Alma Azul, considerando a estreita relação que existiu entre as comunidades de criptojudeus destas duas localidades. No fim da apresentação, houve lugar a um debate, no qual a assistência, bem representada por alunas e alunos da Universidade Sénior de Castelo Branco, teve oportunidade de participar, colocando questões ao autor, ou apresentando outras perspetivas sobre os temas ali versados.

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