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Castelo Branco: ISQ lança projeto de meio milhão

João Carrega - 14/03/2018 - 12:26

O Grupo ISQ que tem instalações e um dos seus laboratórios em Castelo Branco, está a implementar o projeto SIM4.0, num investimento global de 572 mil euros.

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O ISQ juntou o ensino, empresários e autarquia

O Grupo ISQ, que tem instalações e um dos seus laboratórios em Castelo Branco, está a implementar o projeto SIM4.0 - Sistemas Inteligentes de Monitorização para o tecido industrial nacional, num investimento global de 572 mil 761,50 euros. O objetivo é chegar às pequenas e médias empresas, permitindo-lhes a transferência de conhecimento no domínio da monotorização inteligente de equipamentos e sistemas, possibilitando também uma maior aproximação com a comunidade científica.

A apresentação deste projeto reuniu, em Castelo Branco, um conjunto de empresários e especialistas. O SIM4.0 irá facultar ferramentas para reduzir as falhas de informação e conhecimento sobre a utilização de tecnologias digitais em contextos reais e em indústrias tradicionais. Correia da Cruz, administrador executivo do ISQ, considera que "este projeto é uma boa contribuição" para que as empresas possam apanhar e acompanhar o comboio do desenvolvimento. "A ideia é trazer experiências de outros setores da indústria e de grandes empresas para a realidade das PME's e poder implementá-las, noutros setores industriais como a indústria de bens de equipamentos e de componentes, e no agroalimentar", como refere.

O administrador do ISQ falava ao Reconquista à margem desta apresentação pública. "Iremos ter contactos com as empresas e estes eventos servem para isso. Vamos falar com elas para percebermos as dificuldades que têm, para que em conjunto possamos implementar sistemas digitais à resolução dos seus problemas, seja na área da manutenção preventiva, em sistemas industriais e de automação, seja da monitorização de processos", explica Correia da Cruz.

Para Luís Correia, presidente da Câmara de Castelo Branco, "esta transformação é uma oportunidade para as empresas, mas também para nós intervirmos na região". O autarca falava na sessão de abertura do evento. "É importante percebermos o que está a acontecer com a entrada das tecnologias de informação e comunicação nos diferentes setores, mas também é importante promover uma interligação entre todos. E nisto a autarquia pode ajudar, criando infraestruturas que apoiem um setor ou vários setores", reforçou, depois de frisar a presença do ISQ na cidade e a disponibilidade da autarquia em continuar a colaborar.

Na sessão de abertura, António Fernandes, vice-presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco (e presidente eleito), sublinhou o relacionamento que a sua instituição tem com o ISQ e elogiou o facto do projeto chegar a Castelo Branco. "Deste modo vai colmatar-se alguma falta de informação sobre esta área. As tecnologias de comunicação aumentam a eficácia e a eficiência nas empresas", disse. Aquele responsável falou também no processo formativo e nas exigências que as empresas e os seus colaboradores terão no futuro: "Os menos qualificados vão desaparecer. Caberá às instituições de ensino dar resposta à formação para as profissões do futuro e nós IPCB estamos disponíveis e empenhados nisso". Também José Páscoa, vice-reitor da UBI, mostrou-se satisfeito com o projeto, lembrando "que a universidade é parte interessada na transferência de tecnologia".

No encontro, que permitiu a partilha de experiências e de diferentes visões sobre o tema, intervieram diferentes responsáveis, entre os quais Erastos Filos, da Comissão Europeia, mas também Nuno Vieira (COTEC), Rogério Dionísio (ESTCB), Joaquim Menezes (Ibermoldes), António Mira (Siemens) e Miguel Ferreira (Vicort).

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