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Castelo Branco: Maratona de bateria para ajudar crianças sírias

José Furtado - 21/09/2017 - 9:42

 VÍDEO  Carlos Santos, que em 2014 bateu o recorde do Guiness, junta-se a mais quatro bateristas com o objetivo de chegarem às 100 horas e baterem um novo recorde oficial.

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Carlos Santos bateu o recorde em 2014. Agora tenta nova marca em grupo. Foto José Furtado/ Reconquista

Quase três anos depois de ter colocado Castelo Branco no mapa do livro Guinness dos recordes, Carlos Santos quer voltar a fazer história.

Mas desta vez traz companhia.

O baterista que tocou mais de 133 horas para chamar a atenção para a alienação parental junta-se a quatro outros bateristas traçando como meta as 100 horas a tocar o instrumento, de forma a superar as 80 horas do recorde oficial em vigor.

Ao albicastrense juntam-se o britânico Allister Brown, o canadiano Steven Gaul, o norte-americano Lou Mars e o indonésio Kunto Hartono, que era detentor do recorde individual quebrado por Carlos Santos em 2014.

A corrida começou ao final da manhã de quarta-feira e a marca deverá ser atingida na tarde de domingo, por volta das 16H00.

A organização explica que os cinco bateristas vão tocar em simultâneo e segundo o regulamento do Guinness “têm direito a cinco minutos de pausa por cada hora de bateria completa”.

Tal como em 2014, a tentativa de superação do recorde volta a ter a criança como protagonista.

Desta vez os músicos querem reunir verbas para ajudar as crianças afetadas pela guerra civil na Síria, que começou em 2011 e perdura.

Segundo os dados divulgados pela UNICEF, o fundo das Nações Unidas para a infância, o ano passado foi o pior até ao momento para as crianças sírias, com pelo menos 652 mortes.

Destas, mais de 250 ocorreram numa escola ou nas suas imediações.

As crianças que escapam aos combates correm o risco de morrer por falta de assistência médica ou a fugir do conflito, como aconteceu com Alan Kurdi, o menino sírio que apareceu afogado numa praia da Turquia e cuja fotografia correu mundo.

A UNICEF estima ainda que mais de 850 crianças foram recrutadas em 2016 para combater no conflito, mais do dobro do que aconteceu no ano anterior.

A real dimensão do problema é difícil de avaliar já que segundo a organização humanitária as dificuldades de acesso às diversas zonas não permitem ter uma ideia rigorosa do seu alcance.

Foi com este retrato que Carlos Santos decidiu voltar a desafiar o Guinness e os músicos que o vão acompanhar.

Para o albicastrense é preciso despertar o mundo “para a calamidade que é a guerra na infância destas crianças, a destruição, a fome, a sede, o medo, que por terem nascido na Síria são filhos da guerra condenados ao sofrimento”, diz em comunicado.

A organização apela aos donativos para a UNICEF, que podem ser feitos pela rede Multibanco utilizando a entidade 20459 e a referência 074 333 200.

No local não haverá recolha de dinheiro por isso aconselha-se a utilização das caixas automáticas disponíveis no centro comercial.

Segundo a administração do Forum Castelo Branco após o fecho do centro comercial o público pode aceder ao local do evento a qualquer hora da madrugada, através da escadaria que dá acesso à esplanada e à zona de restauração.

A organização conta com diversas colaborações, entre as quais a da Cruz Vermelha e da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias, que estão a dar assistência aos músicos.

Reportagem do Reconquista em 2014, quando Carlos Santos bateu o recorde do Guinness

 

 

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