O programa contemplou este ano a avenida Nuno Álvares. Foto Luís Tavares/ Reconquista
Os templários subiram ao castelo mas também andaram pela avenida Nuno Álvares.
O tema inspirou os alunos da Escola Superior de Artes Aplicadas a criarem os elementos que durante as próximas semanas vão decorar as montras de várias lojas do comércio tradicional .
O trabalho resulta da colaboração entre a Esart e a ACICB- Associação Comercial e Empresarial da Beira Baixa, que promovem esta ação há vários anos.
“Este ano optamos pelo tema dos templários, que nos foi sugerido pela associação que quer fazer esta ligação com a feira” que decorreu no fim-de-semana, explica Liliana Neves, da Esart.
“Eles deslocam-se para falar com os responsáveis de cada uma das lojas e apresentar as suas propostas, para obter o aval. Eles executam os objetos para as montras e no dia da montagem tentamos fazer o melhor possível”.
Os materiais são bastante simples, uma limitação que obriga a puxar pela imaginação.
Daniela Elias, aluna do 2.º ano de Design de Interiores e Equipamento, trabalhou com as colegas um revestimento utilizado em construção, que é barato.
“As pedras e a malha do traje dos cavaleiros foi o nosso ponto de partida”, conta esta aluna da Esart. A hipótese de contactar com os comerciantes é um aliciante face ao trabalho na sala de aula.
“Estar cá fora é muito melhor. Aprendemos muito melhor no contacto com o cliente. Temos propostas reais e desafios reais”.
Se no caso de Daniela e das colegas calhou uma loja de moda, Mariana Viegas e a restante equipa ficaram com um estabelecimento que vende produtos como cigarros eletrónicos. Também aqui optaram por simplificar.
“Fomos buscar o básico, que é o castelo e as pedras. Não é nada fácil. Perguntamos o que eles gostariam de ter exposto e se tinha alguma sugestão”, explica esta aluna. Espuma, cartão e papel foram os materiais utilizados.
Liliana Neves diz que para além da utilização de materiais baratos há também muita reciclagem, incluindo de trabalhos anteriores. Algo que é também uma demonstração para o comércio tradicional que é possível ser diferente com pouco.
“Não estamos a falar de grandes marcas com um marketing pré-definido. Aqui somos nós que fazemos esse processo e tentamos demonstrar que podemos fazer montras diferentes com um baixo custo”.