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Leitores: Portugal está de moda!

José Manuel Sanches Pires - 01/06/2017 - 11:24

Os últimos dois anos, em Portugal, poderão ser considerados, em vários aspetos, os melhores da época moderna.

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Arquivo Reconquista

Os últimos dois anos, em Portugal, poderão ser considerados, em vários aspetos, os melhores da época moderna. No desporto conseguimos um feito inédito, ao conquistar o título de campeões europeus de futebol; na política internacional tivemos a primeira eleição de um português para secretário-geral da ONU; no âmbito cultural fomos vencedores, pela primeira vez, do festival da eurovisão; na política interna temos sido governados por uma “geringonça”, que até tem funcionado bem; no plano económico a UE retirou Portugal do procedimento por défice excessivo; e, no campo religioso, passamos a contar com mais dois santos, após a canonização dos dois pastorinhos. Por muito que custe aos eternos velhos do restelo, a alguns fanáticos partidários e muitos aziagos da sociedade, a realidade é que o nosso país, deixou um passado de descrença e passou para um futuro de esperança. Os portugueses voltaram a acreditar! Além-fronteiras, Portugal, voltou a ser olhado com credibilidade e confiança! Portugal voltou a ser respeitado! 
Credibilidade e confiança são duas vertentes que devem andar, sempre, de mãos dadas e os grandes responsáveis para conseguir e manter este desiderato são, sem dúvida, os políticos. Como disse Gutemberg Landi: “confiança, respeito e credibilidade não se adquirem com juras e promessas, e sim, com seriedade, atos e atitudes transparentes, lícitos e verdadeiros”. De facto, só com políticas sérias, com políticos competentes e governantes que pensem, mais, nos portugueses e no país e, menos, nos partidos e neles próprios, será possível manter esta fase de credibilidade externa e de esperança interna. Já a demagogia eleitoral, os atos de corrupção ativa ou passiva, o abuso e apego excessivo ao poder, o défice de democraticidade partidária, a manipulação de votos e, todo o tipo de atos que ponham em causa a essência democrática deverão ser abolidos da vida político-partidária. Se os partidos políticos são o suporte da democracia, se a democracia é o alicerce do poder político e se é no poder político que assenta a formação dos governos; então, quanto melhor for a democracia interna dos partidos, melhores serão as probabilidades de os governos serem constituídos pelos mais capazes e mais competentes. Competência e credibilidade deverão ser os objetivos, centrais, de toda e qualquer governação! As políticas populistas, de pura caça ao voto e os políticos sem escrúpulos, vulneráveis à corrupção, serão inconciliáveis com a respeitabilidade e com a credibilidade exigíveis a quem governa. Exemplos paradigmáticos, a não seguir, são os recentes casos de Marine Le Pen, em França e Michel Temer, no Brasil! Como disse Mahatma Gandhi: “grandes líderes são pessoas que aprendem a conhecer-se e a controlar-se a si mesmos, antes de tentar controlar os outros”.  
A cada um de nós cabe a responsabilidade de saber escolher, através do voto, aqueles em quem mais confiamos e, esta confiança, deve recair naqueles a quem reconheçamos mérito pessoal, idoneidade mental e honestidade política. Nestes critérios não cabem, com toda a certeza, os que se encobrem por detrás dos grandes símbolos partidários e os que fazem da política uma profissão. Não será com estes que o país se manterá na rota dos dois últimos anos, para que o respeito, a credibilidade e a esperança continuem a fazer sentido. Vêm aí as eleições autárquicas, para mim, o primeiro e mais importante patamar da democracia. Vamos escolher as pessoas que irão governar as câmaras municipais e as freguesias, nos próximos quatro anos. A função, destes eleitos, permite-lhes uma ligação estreita e direta com os cidadãos eleitores. Por esse facto, os eleitores possuem um conhecimento privilegiado em relação aos candidatos, mas também uma responsabilidade acrescida na aposição do seu voto. Este voto deve ser basicamente dirigido às pessoas, tendo em conta o conhecimento das suas competências, capacidades e credibilidade e, não tanto, aos símbolos partidários. O voto deve ser dirigido mais às condutas e menos às palavras! Como afirmou Cleiton Simão Rosa: “as palavras até podem convencer, mas são os exemplos da nossa conduta que dão credibilidade ao discurso.”

 jsanchespires@gmail.com

COMENTÁRIOS

Isabel cosmelli
à muito tempo atrás
Gostei concordo...
Muito bem explícito
Gutemberg Landi de Oliveira Barros
à muito tempo atrás
Fiquei surpreso em ver meu nome e uma das minhas CITAÇÕES (FRASES), contidas neste tão conceituado BLOG. Agradeço e disponho, todo o material que assim acharem, importantes e dignos de vossas publicações.. Abraços Gutemberg Landi.
gutilandi@gmail.com