D. Manuel Clemente abriu os trabalhos. Foto CEP
Excerto do comunicado final da 194.ª Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa
- Atendendo ao atual debate na sociedade portuguesa sobre a eutanásia, queremos reiterar a nossa posição para um diálogo sereno e humanizador (cf. Nota Pastoral de março de 2016) e destacar as palavras do Papa Francisco sobre a defesa intransigente da vida humana, na recente Exortação Apostólica Alegrai-vos e exultai, n.º 101: «A defesa do inocente nascituro deve ser clara, firme e apaixonada, porque neste caso está em jogo a dignidade da vida humana, sempre sagrada, e exige-o o amor por toda a pessoa, independentemente do seu desenvolvimento. Mas igualmente sagrada é a vida dos pobres que já nasceram e se debatem na miséria, no abandono, na exclusão, no tráfico de pessoas, na eutanásia encoberta de doentes e idosos privados de cuidados, nas novas formas de escravatura, e em todas as formas de descarte».
E continua, citando o Documento de Aparecida da Conferência do Episcopado Latino-Americano e das Caraíbas (CELAM): «O ser humano é sempre sagrado, desde a sua conceção, em todas as etapas da existência, até à sua morte natural e depois da morte, e a sua vida deve ser cuidada desde a conceção, em todas as suas etapas, até à morte natural».
- Atendendo às possíveis repercussões legislativas e educativas quanto à mudança de sexo, a Assembleia reassume a posição da Carta Pastoral a propósito da Ideologia do Género: «A dimensão sexuada, a masculinidade ou feminilidade, é constitutiva da pessoa, é o seu modo de ser, não um simples atributo. É a própria pessoa que se exprime através da sexualidade. A pessoa é, assim, chamada ao amor e à comunhão como homem ou como mulher. E a diferença sexual tem um significado no plano da criação: exprime uma abertura recíproca à alteridade e à diferença, as quais, na sua complementaridade, se tornam enriquecedoras e fecundas».
O comunicado completo pode ser lido nesta ligação