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Conta Comigo: Instituições apadrinham plantas

Lídia Barata - 29/03/2018 - 8:00

Plantar um arbusto ou árvore autóctone é apenas o mote para um estudo mais aprofundado que começou a 21 de março e vai até 23 de novembro.

 

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O grupo os pioneiros deste projeto piloto

Um grupo de crianças, dos 3.º e 4.º anos do Agrupamento de Escolas Afonso de Paiva e da Associação Jardins Escola João de Deus, ofereceram quarta-feira, a 21 de março, Dia Mundial da Floresta, um kit Conta Comigo a cerca de uma dezena de instituições, públicas e privadas, da cidade.

Paula Teixeira, do Centro de Interpretação Ambiental (CIA), explica que cada kit, desenvolvido no âmbito deste projeto piloto, chamado Conta Comigo, contém um arbusto ou uma árvore autóctone da região do Parque Natural do Tejo Internacional, tendo sido preparados pelo Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), com azinheiras, medronheiros, folhados e sobreiros.

"A iniciativa conta com três fazes distintas. começa hoje (21 de março), Dia Internacional das Florestas, com os jovens a oferecerem o kit a uma entidade da cidade, o que lhes vai dar uma outra responsabilidade, porque não vão só oferecer, mas sim, juntamente com os colaboradores da entidade escolhida. plantar num local provisório essa planta ou arbusto", num gesto de maior envolvimento. A entidade que recebe esta oferta vai cuidar da sua planta e, dia 5 de junho "os jovens voltam à instituição para fazer uma monitorização e avaliação da árvore ou arbusto que ali deixaram pois paralelamente, vão fazer um estudo ao longo do projeto". É também isso que o Conta Comigo pretende, "que eles não olhem para a árvore só como uma árvore, mas saibam mais sobre ela, sobre o seu comportamento". A terceira e última fase chega a 23 de novembro, Dia da Floresta Autóctone, "em que estes jovens vão acompanhar as entidades, no fundo os padrinhos destas plantas, a passar a arbusto ou a árvore para o local definitivo". Deste modo, "o projeto contribui para uma maior consciencialização ambiental, pois todos ficam, seguramente, mais sensibilizados e passarão a cuidar da floresta de forma diferente".

Este projeto tem como promotores a Câmara Municipal de Castelo Branco, a Junta de Freguesia de Castelo Branco, o ICNF e o CIA. Os dinamizadores do Conta Comigo são os alunos do 3.º e 4.º ano, porque "o projeto decorre num ano civil e apanha, por isso, dois anos letivos, pelo que a ideia é que os jovens se mantenham ao longo do projeto, para que faça sentido, começarem e terminarem o estudo". Mas Paula Teixeira não esconde a vontade de que o projeto se alargasse, em próximas edições, "a todo o concelho e, neste dia, estaríamos, em simultâneo, a plantar um kit Conta Comigo em cada freguesia, em cada entidade das aldeias do concelho e muito mais estudos a serem feitos". E, ao mesmo tempo, a aumentar a consciência ambiental, pois "muitas vezes as pessoas nem sabem o porquê de fazer as coisas como fazem, ou como é que têm de fazer para cuidar das plantas, das árvores, da floresta e estes estudos também vão permitir recolher muita informação útil nesse sentido".

O projeto pedagógico Conta Comigo iniciou agora, mas o presidente da Junta de Freguesia, Leopoldo Rodrigues, aumentou a fasquia e desafiou os professores a fazerem o registo destes alunos que participaram agora no arranque deste projeto piloto e "dentro de cinco anos, convidá-los a voltar e ver como estão as árvores que hoje ofereceram e, caso assim entendam, voltaríamos no fim de 10, 15, 20 e 30 anos, sem esquecer que são os primeiros a fazer algo diferente pela floresta e pelo ambiente". Uma ideia corroborada por José Augusto Alves, vice presidente da Câmara de Castelo Branco, que reiterou "a importância de acompanhar o crescimento destas árvores, ao mesmo tempo que também cada um dos envolvidos vai crescendo", desafiando-os a aceitar a missão.

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