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Teologia do corpo

- 12/10/2017 - 9:37

Um livro recente com este título recuperou as 129 catequeses do Papa S. João Paulo II submetidas ao tema “o amor humano no plano divino”. É um tema que a ideologia do género trouxe para a atualidade.

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Um livro recente com este título recuperou as 129 catequeses do Papa S. João Paulo II submetidas ao tema “o amor humano no plano divino”. É um tema que a ideologia do género trouxe para a atualidade. Organizadas em 6 ciclos de catequese, fazem uma reflexão sobre a importância do corpo na expressão dos sentimentos de carinho e afetividade. Ensinam-nos a cuidar do corpo, através do qual nós nos exprimimos, e que se destina na visão cristã à ressurreição e por isso à contemplação de Deus. Nascemos com um corpo sexuado, que nos marca como homem ou mulher, e através dele exprimimos o que nos vai na alma.
Isto é de certo modo novo na visão cristã do homem. Durante muitos séculos fez-se a apologia cristã da filosofia grega que considerava o corpo como princípio do mal e o espírito como princípio do bem. Sobretudo Platão com o seu idealismo, mas também Aristóteles, não se livravam desta visão dualista. 
A arcese cristã, pegando nesta filosofia, defendia como S. Paulo: “castigo o meu corpo e reduzo-o à servidão para que não me venha a perder”. Daí o uso de todos os jejuns, cilícios, flagelações que são famosas até à idade média; daí uma certa defesa do celibato e virgindade, postos como superiores ao casamento. Foi sobretudo S. João Paulo II que veio a falar de teologia do corpo, influenciado por movimentos de casais que apareceram na Igreja já depois da 2.ª grande guerra. Estas catequeses despertaram um movimento em Portugal que em 2003 se traduziu na organização de um congresso pela Universidade Católica sob o plano de Deus para o amor humano; em 2013 decorreu em Fátima o “Simpósio sobre a teologia do corpo”, com 20 oradores de diversos países. No passado fim de semana, em Torres Vedras, centenas de pessoas participaram o fórum “Wahou”, sobre estes tema. Esta doutrina contradiz a ideologia do género, na medida em que defende que é o corpo que marca à partida a nossa sexualidade, e não a escolha do espírito. O corpo criado por Deus condiciona a nossa maneira de ser. 

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