Este site utiliza cookies. Ao continuar a navegar no nosso website está a consentir a utilização de cookies. Saiba mais

Leitores: Em defesa de Joaquim Morão. A obra vale mais do que as promessas

Carlos Ludovice Figueira da Direita - 10/05/2018 - 9:30

Sou beirão de gema. O meu nome é Carlos Ludovice Figueira da Direita. Nasci em Monsanto (aldeia mais portuguesa), em 1950.

Partilhar:

Sou beirão de gema. O meu nome é Carlos Ludovice Figueira da Direita. Nasci em Monsanto (aldeia mais portuguesa),  em 1950.
Aos treze anos, uns tios levaram-me para Lisboa.
Em fevereiro de 1969, fui admitido para o quadro dos funcionários da então Companhia de Seguros, Aliança Madeirense, hoje Fidelidade.
Aí  trabalhei durante quase 30 trinta anos. Os mesmos, foram repartidos entre Lisboa e Castelo Branco. A minha transferência para esta cidade, deveu-se à intervenção do antigo gente sr. Fernando Luís de Sá Pereira Capelo.
Fui residir para a aldeia e apercebi-me de que a Relva e a Vila já tinham luz, água, estrada, etc. Nos restantes arrabaldes, alguns, nada tinham.
Aquando das vindimas e da açafra da azeitona e nas lavagens das casas, eram necessárias grandes quantidades de água, que devido ao seu peso,  por vezes utilizavam-se os animais, para transporte dos azados e cântaros. Esses esforços causaram danos nas pessoas, vejam os mais idosos, com hérnias discais na coluna, articulações desgastadas, tendões deslocados, etc.
Quanto à luz, utilizavam-se lamparinas de azeite, candeeiros a petróleo e aproveitava-se a claridade das chamas das lareiras…
Fora das casas, era a escuridão total.
Os caminhos, um lamaçal no inverno e muito pó no verão. Não havia saneamento.
Durante vários anos ocupei o lugar de presidente de mesas de votos, aquando das eleições. Ouvi opiniões do povo, confirmei a boa rede de informações que chegavam ao Joaquim Morão, bem coadjuvado pelos presidentes das juntas de freguesia.
Logo no início do primeiro mandato à frente da Câmara de Idanha-a-Nova e até ao final do segundo mandato, fez uma autêntica “Revolução”. Presenciei a canalização da água para dentro das casas, inauguração da luz, com calçada ou alcatrão, arranjaram-se os caminhos.
Fez-se a ligação à rede de esgotos.
A população ficou aliviada de muitos trabalhos, melhorou a qualidade de vida e sentiu o bem estar.
As promessas foram cumpridas e o povo não hesitou e nos dois mandatos em Idanha-a-Nova, ganhou-os sempre com maioria.
Esta melhoria das condições de vida, atraiu e fixou comunidades de vários países estrangeiros, que ali passaram a residir. De salientar que a maior é proveniente de Inglaterra.
Mais tarde passei a residir em Castelo Branco, mantendo segunda habitação na aldeia, onde, desde há muitos anos faço parte da administração do condomínio, na Praceta da Fonte Nova. Quando aqui cheguei, a mesma era caminho de terra, que foi alcatroado. A situação mais grave era na Travessa da Fonte Nova, onde os velhos paralelos já, rebolavam, ora enlameados, ora poeirentos e o caminho já fazia ondulações. Perante missiva minha, o sr. Joaquim Morão deslocou-se de surpresa, pela manhã, veio aqui falar comigo, inteirou-se da situação e disse-me que ía resolver o problema. Passado um mês, vieram as máquinas e hoje aqui temos uma grossa camada de alcatrão aplicada.
Os velhos e ferrugentos canos de água foram substituídos e procedeu-se à instalação do gás natural, proveniente da Argélia, no interior dos prédios.
Da atual administração condomínio que tem mais um elemento, já saíram informações para modificação da rede elétrica, substituição de candeeiros no jardim, tratamento das árvores e limpeza, porque escorriam uma espécie de resina que nos danificava a pintura dos carros e se colocava nos pára-brisas. O atual presidente da câmara e a EDP já atuaram nesse sentido.
Os atuais presidentes estão a dar bom andamento às obras, por ele iniciadas e começando com outras novas.
A propósito das mesas de voto, antigamente, os membros nada recebiam, só na vigência do mandato do eng. Guterres enquanto primeiro ministro é que passou a haver direito a remuneração.
Joaquim Morão dedicou grande parte da sua vida em prol do bem comum das populações.
O povo beirão, deve agradecer à Divina Providência, por ter aqui aparecido esta figura ímpar, invulgar e fenomenal.
Tive o privilégio de com o gestor e político Jorge Coelho, estar presente no cineteatro Avenida aquando Joaquim Morão foi agraciado comendador, o melhor autarca do país.
Apesar de todas estas obras as câmaras de Idanha e de Castelo Branco têm saldo positivo.
Em nome do povo beirão – Bem Haja
Certamente mais tarde terá uma merecida estátua.

 

COMENTÁRIOS