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Estreito: “Falhou muita coisa”

Artur Jorge - 24/04/2018 - 14:33

Aníbal Antunes, presidente do Águias do Moradal, desgostoso com o resultado de mais uma incursão pelos nacionais.

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Aníbal Antunes acha que Francisco Pires devia ter saído mais cedo

Ainda não foi à quarta vez que o Grupo Desportivo Águias do Moradal (GDAM) conseguiu estagnar o constante sobe e desce”. O emblema da freguesia do Estreito, no concelho de Oleiros, foi despromovido, novamente, ao distrital da AF Castelo Branco, desta feita numa temporada atípica, em que o quadro competitivo do Campeonato de Portugal (CPP) determina a descida de seis equipas por série, o que corresponde a mais de um terço do universo de participantes.

O presidente do Águias do Moradal diz que está na hora de “fazer uma avaliação profunda aos erros cometidos”. Aníbal Antunes, após o último jogo em casa da época (0-3 com o Lusitano de Vildemoinhos), criticou o modelo da prova, mas virou-se também para o contexto interno. Para o que foi mal feito no trabalho de casa.

“Todos criticam este modelo e o Águias também o faz. É extremamente ingrato. Está feito para outros, não para equipas com a dimensão da nossa. Mesmo representações com mais pergaminhos levantaram a sua voz contra o formato. Mas foram as regras do jogo e o Águias do Moradal não foi bem-sucedido. Não alcançámos o objetivo a que nos propusemos”, comentou o histórico dirigente. Aníbal não vira a cara ao inêxito: “Estamos cá para assumir as responsabilidades. Esta nossa participação carece de uma avaliação profunda, ponderada, para que no futuro os erros não se repitam. Falhou muita coisa”.

A opção de apostar em larga percentagem em jogadores da região não resultou e quem veio de fora, salvo uma ou outra exceção, acrescentou pouquíssimo à qualidade que se pedia. “A estruturação do plantel tem mais a ver com a equipa técnica que o projetou. Se calhar pode encontrar-se aí uma razão do desfecho. O que fizemos a mais na época anterior, fizemos a menos nesta”.

TARDE Os maus resultados originaram a saída de Francisco Pires à 18.ª jornada. O Águias era penúltimo com 13 pontos. Entrou Hugo Andriaça que em onze encontros fez 8 pontos e subiu um lugar. Insuficiente.

Era preciso abanar. O presidente do clube entende que Chiquinho deveria ter posto mais cedo o lugar à disposição. “Penso que sim, com todo o respeito que o Francisco me merece. Os treinadores quando veem que o processo está esgotado, têm que ter sensibilidade para dizer basta. Claro que nós, responsáveis, podemos tomar a iniciativa. Mas respeito muito as pessoas e deixei-as trabalhar até elas entenderem que não dava para mais. Hoje digo que a decisão pecou por tardia”.

É tempo de analisar. E projetar o futuro. Na competição distrital o Águias do Moradal será sempre uma equipa forte. Questionámos Aníbal Antunes sobre a continuidade ou não da atual equipa técnica: “Ainda não posso adiantar. A direção está a avaliar onde estiveram as falhas, para não cometermos outras a seguir. Caso contrário nunca mais saímos disto. Queremos avaliar muito bem todas as situações. Temos algum tempo, mas desde que matematicamente a despromoção foi confirmada que estamos a pensar o futuro. Arranjaremos uma equipa competitiva”.

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