Organização diz que prestou toda a colaboração às autoridades. Foto Luís Tavares/ Reconquista
A organização do Boom lamenta que o festival “continue a ser maltratado e ostracizado” em Portugal, algo que diz estar a ser praticado “quer por entidades com responsabilidades políticas e judiciais, quer pela comunicação social”.
Esta é a resposta da organização às notícias sobre as operações policiais que decorreram durante o festival e levaram à detenção de 69 pessoas por tráfico de droga.
Os números foram revelados pela GNR e PJ, que na segunda-feira chamaram os jornalistas para uma conferência de imprensa conjunta para fazer um balanço.
Segundo o festival as operações policiais “só foram possíveis graças à total coordenação entre a PJ, GNR e a organização do Boom Festival”, realçando que nesta edição participaram mais de 30 mil pessoas, entre as quais 508 crianças que vieram com as famílias.
A organização lamenta que o Boom seja o único dos festivais existentes no país a ter semelhante tratamento das autoridades, recordando que no ano passado o país recebeu mais de 200 organizações do género.
“Apenas não podemos continuar a assistir a que um festival que cumpre todas as obrigações legais e fiscais, que contribui para o desenvolvimento do interior do país - com grande impacto económico, social e cultural na região e a nível nacional, que é alvo de constantes elogios fora de Portugal, continue, no seu próprio país, ser vilipendiado, ultrajando não apenas o seu bom nome como também o do seu público e o da região de Idanha-a-Nova”, diz em comunicado.
A organização termina o comunicado a informar que “já está a recorrer a todos os meios que a lei coloca à disposição dos cidadãos para combater esta atuação preconceituosa, parcial e abusiva em relação ao Boom Festival”.