Este site utiliza cookies. Ao continuar a navegar no nosso website está a consentir a utilização de cookies. Saiba mais

Gonçalo Dias: O escritor que põe as aldeias nas suas histórias

José Furtado - 28/11/2017 - 9:57

Gonçalo JN Dias estreou-se da escrita com os Lentiscais como cenário. Autor acaba de lançar o segundo romance.

Partilhar:

Gonçalo Dias lançou recentemente “Manual de um homicídio”. Foto José Furtado/ Reconquista

Marina tem 38 anos e apaixona-se por um colega de trabalho casado e com um filho.

A relação é tórrida e um deles comete um assassinato, cuja investigação fica nas mãos de Óscar, um polícia que brinca com as séries policiais norte-americanas.

Estes são os protagonistas de “Manual de um homicídio”, o novo romance de Gonçalo JN Dias, um autor com raízes na aldeia de Lentiscais, em Castelo Branco.

É o segundo que publica, depois de “O Bom Ditador I- O nascimento de um império”, uma história traduzida em inglês, espanhol e italiano que tem como cenário as aldeias de Lentiscais, Malpica do Tejo, Monforte da Beira e Alfrívida.

Gonçalo nasceu em Lisboa em 1977 e morou no Cacém, no concelho de Sintra.

Aos 18 anos escolheu vir estudar para a Escola Superior Agrária de Castelo Branco, onde se licenciou em engenharia do ambiente.

Os avós maternos e paternos são dos Lentiscais, aldeia onde regressa todos os anos para o ritual da colheita da azeitona.

O hábito não esmoreceu com a ida para o País Basco, onde vive há 10 anos e de onde é a mulher.

Quando chega a hora da colheita até os sogros fazem a longa viagem para dar uma ajuda.

Não é por isso de estranhar a escolha destas aldeias para a ação de “O Bom Ditador”, que é o primeiro livro de uma trilogia que quer levar a bom porto.

O bichinho da escrita chegou quando estava a aprender basco, o complicado idioma desta região espanhola.

Um dos exercícios era fazer composições e no regresso às raízes para colher a azeitona começou a pensar numa história em que as cidades desapareciam.

“Pensei como é que seria a civilização a renascer num mundo em que restavam apenas aldeias como Lentiscais ou Malpica”.

O facto de conhecer bem os sítios ajuda na escrita mas não dispensa alguma pesquisa para que a ficção não se desvie de alguma realidade.

Gonçalo Dias escreve à noite e quando tem tempo.

Mas quando o faz as ideias passam rapidamente para a folha. “Durante as rotinas vou pensando e à noite escrevo logo tudo”, conta.

As edições são de autor e como não é tão fácil colocá-las nas livrarias tradicionais os livros são vendidos através de plataformas online, como a Amazon.

Por iniciativa do autor foi colocado em livrarias físicas do Cacém.

O segundo livro da trilogia iniciada com “O Bom Ditador” deverá ser lançado para o ano mas até lá pode ler-se o novo “Manual de um homicídio”.

COMENTÁRIOS

Maria Olivia Lopes
à muito tempo atrás
Tal como o Bom Ditador I, embora com diferentes histórias, este também nos leva ao imaginário, com entusiasmo e de leitura acessivel e agradável. Ter raizes por cá, mais me agrada. 5 estrelas para o Gonçalo. Felicidades para o futuro