Gonçalo Dias lançou recentemente “Manual de um homicídio”. Foto José Furtado/ Reconquista
Marina tem 38 anos e apaixona-se por um colega de trabalho casado e com um filho.
A relação é tórrida e um deles comete um assassinato, cuja investigação fica nas mãos de Óscar, um polícia que brinca com as séries policiais norte-americanas.
Estes são os protagonistas de “Manual de um homicídio”, o novo romance de Gonçalo JN Dias, um autor com raízes na aldeia de Lentiscais, em Castelo Branco.
É o segundo que publica, depois de “O Bom Ditador I- O nascimento de um império”, uma história traduzida em inglês, espanhol e italiano que tem como cenário as aldeias de Lentiscais, Malpica do Tejo, Monforte da Beira e Alfrívida.
Gonçalo nasceu em Lisboa em 1977 e morou no Cacém, no concelho de Sintra.
Aos 18 anos escolheu vir estudar para a Escola Superior Agrária de Castelo Branco, onde se licenciou em engenharia do ambiente.
Os avós maternos e paternos são dos Lentiscais, aldeia onde regressa todos os anos para o ritual da colheita da azeitona.
O hábito não esmoreceu com a ida para o País Basco, onde vive há 10 anos e de onde é a mulher.
Quando chega a hora da colheita até os sogros fazem a longa viagem para dar uma ajuda.
Não é por isso de estranhar a escolha destas aldeias para a ação de “O Bom Ditador”, que é o primeiro livro de uma trilogia que quer levar a bom porto.
O bichinho da escrita chegou quando estava a aprender basco, o complicado idioma desta região espanhola.
Um dos exercícios era fazer composições e no regresso às raízes para colher a azeitona começou a pensar numa história em que as cidades desapareciam.
“Pensei como é que seria a civilização a renascer num mundo em que restavam apenas aldeias como Lentiscais ou Malpica”.
O facto de conhecer bem os sítios ajuda na escrita mas não dispensa alguma pesquisa para que a ficção não se desvie de alguma realidade.
Gonçalo Dias escreve à noite e quando tem tempo.
Mas quando o faz as ideias passam rapidamente para a folha. “Durante as rotinas vou pensando e à noite escrevo logo tudo”, conta.
As edições são de autor e como não é tão fácil colocá-las nas livrarias tradicionais os livros são vendidos através de plataformas online, como a Amazon.
Por iniciativa do autor foi colocado em livrarias físicas do Cacém.
O segundo livro da trilogia iniciada com “O Bom Ditador” deverá ser lançado para o ano mas até lá pode ler-se o novo “Manual de um homicídio”.