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Ideias & Factos: Os incêndios

Agostinho Dias - 11/08/2016 - 15:52

Estamos em plena época de incêndios, e este ano não têm faltado ignições, a ponto de o número das ocorrências estar acima da média dos últimos 10 anos. Apesar disse, a área ardida até agosto de 6000 hectares, é bem menos do que os 17.042 hectares, médios do último decénio. Em julho houve 3.331 ocorrências, que só não se tornaram em grandes incêndios graças ao dispositivo de combate de meios aéreos e terrestes que consta de 9.708 operacionais, 2.235 equipas, 2.043 viaturas e 47 meios aéreos. A prontidão destes meios evitou grandes incêndios.
Apesar disto, o concelho de Castelo Branco está entre os que têm maior área ardida com 1.199 hectares , devido sobretudo ao grande incêndio da zona de Monforte da Beira.
Atendendo a que a grande maioria dos fogos têm origem humana, por descuido, desleixo, ou até malvadez, exige-se uma educação cívica de todos os cidadãos para preservarem o melhor que temos, a nossa floresta, que representa uma riqueza para o nosso país, não só pelos resultados económicos, mas também pelo bom ar que nos dá e pelo bom ambiente que respiramos. Penso que está a ser feito algum esforço de prevenção de incêndios, cortando o muito pasto seco que se encontra na berma das nossas estradas, onde muitas vezes se inicia o fogo. Infelizmente, nem sempre o mesmo esforço é feito na limpeza das matas, onde os restos dos cortes de árvores fica no terreno e depois de seco serve de acendalha. Temos esperança que o aproveitamento destes resíduos para a produção de energia ou papel, bem como o aproveitamento das estevas para a fabricação de óleos, industrias ainda incipientes entre nós, nos ajude a ter as matas mais limpas. Contudo, é a educação cívica paras estas situações aquela que melhor poderá ajudar a diminuir este flagelo dos incêndios.

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