Apenas 56% dos portugueses planeiam neste ano passar férias fora de casa. Destes, quase metade, pensam gastar mais 22% do que no ano passado. Os idosos, dum modo geral, são dos que menos saiem de férias, mantendo-se todo o ano no seu ambiente natural. Pelo contrário, os jovens são aqueles que têm mais projetos de saída para atividades desportivas, musicais, de lazer, sobretudo em praias, e também de formação. Os nossos emigrantes já nos habituaram à visita ao seu país nesta altura do ano; o mesmo se diga dos estrangeiros que continuam a preferir zonas do nosso país para passar férias. Por tudo isto, o turismo está em alta e poderá ser mesmo a atividade mais rentável neste ano.
É evidente que para as pessoas voltarem nos próximos anos terão de ser bem atendidas, não só nas unidades hoteleiras, mas também nos centros de saúde, nas autoridades de segurança e nas agências de viagem. Há zonas do país que, por serem mais procuradas, já estão com deficiência de profissionais em alguns destes setores; a deslocação de médicos, enfermeiros e de forças de segurança são a prova disto que digo. O pior é que ficam a faltar nos sítios donde são deslocados, onde já são escassos. Ainda na semana passada o Dr. Vieira Pires falava da dificuldade de preencher as vagas de médicos: “os médicos são poucos e as vagas são muitas. Vamos ter 23 lugares de médicos a concurso”.
Bem, mas é tempo de férias e de esquecer os problemas. O ego dos portugueses está em alta com as conquistas do desporto. Espero que os nossos leitores e amigos que vão de férias descansem e recuperem para um novo ano de trabalho. Aqui em casa, enquanto uns vão a descansar, outros terão de trabalhar mais, para que o “Reconquista” não falte aos nossos leitores.
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