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Ideias e Factos: Adeus carreira

Agostinho Dias - 03/05/2018 - 10:19

Dizem as estatísticas que nos últimos 7 anos, a função pública em Portugal perdeu 58.000 profissionais nas áreas da educação, da defesa e da administração local. Há menos professores, auxiliares de educação, militares, polícias e guardas, e empregados das câmaras municipais. Em alguns casos justifica-se com a existência de menos alunos nas escolas, mais trabalho feito com computadores a dispensar mão de obra. No entanto, o 1.º de maio ficou marcado pela contestação em vários setores alegando falta de pessoal e sobretudo a precaridade dos contratados. Há setores que recorrem a empresas para contratar tarefeiros ao dia, sem qualquer vínculo de trabalho, como acontece nas urgências. Aliás o setor da saúde é o único que ganhou 5.500 trabalhadores nestes 7 anos, e mesmo assim os profissionais queixam-se da falta de pessoal.
Cada vez mais temos uma população envelhecida. Os lares, centros de dia, ou cuidados continuados, todos têm listas de espera a atestar as carências destes setores. Aqui há mesmo falta de estruturas e falta de profissionais. Em crescimento encontra-se a hotelaria e restauração que, sobretudo na época alta, também têm falta de trabalhadores, contudo, a precariedade também marca este setor.
Concluindo diremos que temos um desemprego muito menor, andando pelos 7% da população ativa, mas temos contratos de trabalho cada vez mais precários, impedindo os trabalhadores, sobretudo jovens, de poderem programar a sua vida de modo definitivo. Já lá vai o tempo em que todo o trabalhador planificava a carreira que tinha pela frente. Já é difícil fazer carreira…

 

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