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Ideias e Factos: As secretas e a segurança

Agostinho Dias - 14/09/2017 - 10:53

Foi notícia a nomeação de Graça Mira Gomes para chefiar as secretas portuguesas, como não podia deixar de ser, sem a concordância de todos os partidos políticos. Nos tempos que correm o trabalho das secretas é de suma importância para detetar a tempo movimentações que possam levar a atentados terroristas.
De facto se olharmos para os números, tais atentados são cada vez mais frequentes: em 2010 – cinco; 2011 – seis; 2012 – dois; 2013 – cinco; 2014 – dois; 2015 – quinze; 2016 catorze; 2017 – já vai em 17. A maioria, é certo, registou-se no Iraque, Afeganistão, India, Paquistão, Filipinas, Somália, Turquia, Nigéria, Iémen, ou Síria. Mas como nos lembramos a Bélgica, a França, a Espanha, a Inglaterra, também já foram vítimas de tais atentados.
São várias as teorias para explicar os atentados na Europa: miscenação de culturas e povos sem qualquer controlo; opções laicistas do mundo ocidental, não toleradas pelos islâmicos radicais; consequências da globalização que alguns mal intencionados aproveitam para os seus interesses; islamização tácita da nossa sociedade com aberturas nem sempre calculadas. Embora sejamos um povo pluralista, temos de ir aprendendo com os erros dos outros que não souberam tomar medidas adequadas à gravidade da situação. Não podemos rotular à partida de racistas ou xenéfobos todos os que querem prevenir erros de abertura. Os serviços das secretas e do S.E.F são necessários e muitos úteis neste campo de prevenção, e têm de ser feitos sem constrangimentos de natureza política ou ideológica. Já é tempo de os políticos entenderem que não podem controlar tudo no país.
agostinho.dias@reconquista.pt

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