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Ideias e factos: As Solidões do nosso mundo

Agostinho Dias - 15/02/2018 - 9:32

A solidão atinge de tal maneira a nossa sociedade, que no Reino Unido foi nomeada uma ministra da solidão querendo enfrentar uma “triste realidade da vida moderna que naquele país atinge nove milhões de pessoas.
Entre nós, os últimos dados recolhidos pela G.N.R., na operação censos seniores 2017, dão-nos conta de 45.516 idosos a viverem sozinhos ou isolados. Felizmente que muitos destes têm assistência diária ao domicílio, ou frequentam centros de dia, ou centros de noite, perto da sua residência. Mesmo assim, são frequentes as notícias de idosos encontrados mortos há vários dias nas suas casas, ou desaparecidos por força da doença de Alzheimer.
Preocupante é também a solidão que atinge sobretudo os adolescentes residentes em cidades médias e grandes. Um estudo publicado recentemente refere que muitos adolescentes passam muito tempo a usar as redes sociais e por isso se sentem muito sós. “Hoje em dia, com as tecnologias, as pessoas vivem isoladas nas suas casas, contactam através da internet, do faceboock. São formas de solidão acompanhadas. Não há intercâmbio. Não há permuta, as pessoas não conversam, limitam-se a escrever e mandar mensagens, a fazer coisas pouco enriquecedoras do ponto de vista interior, dos afetos e da construção de novas ligações com os outros”. Muito faceboock e tão pouco face a face.
Falando aos consagrados o Papa Francisco afirmou: “que não nos aconteça olhar mais para o ecrã do telemóvel do que para os olhos do irmão”. Isto também se poderá aplicar a muitos adolescentes de hoje que olham mais para esse ecrã do que para os olhos dos familiares ou dos amigos que os rodeiam. E também isto é uma forma de solidão que existe no mundo de hoje.
agostinho.dias@reconquista.pt

 

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