Vai decorrer no próximo fim-de-semana a já habitual bienal do azeite em Castelo Branco. Nela são apresentados e vendidos, não só o azeite, mas também os nossos vinhos, queijos, presuntos, mel, pão, etc.
A produção de azeite em Portugal atingiu em 2015 o terceiro maior volume dos últimos 100 anos, segundo revela a Casa dos Azeites que representa os produtores e embaladores de azeite. No ano passado foi possível produzir 106 mil toneladas de azeite, a partir das 765 mil toneladas de azeitonas, mais 75% do que em 2014. Esta produção só foi conseguida no ano de 1953 e 1961. Este número revela algum progresso na nossa agricultura com mais mecanização, com tratamento aos olivais (rega gota a gota, combate a pragas e desinfetantes), e até a plantação de olivais em condições de serem colhidos e tratados mecanicamente. O problema continua a ser a idade dos agricultores que dificulta a modernização e até o aproveitamento total da azeitona, que ainda fica por colher. Os nossos lagares em todos estão atualizados e nas melhores condições. Com gente mais jovem na agricultura seria possível produzir mais, se o produto for rentável economicamente. Nem sempre o escoamento do que se produz é fácil…
No que toca ao vinho, outro produto com implantação entre nós, Portugal está a exportar menos, mas a vendê-lo mais caro, graças à sua maior qualidade, a Sogrape Vinhos foi mesmo a melhor produtora do mundo.
No ano passado o vinho exportado rendeu 737,3 milhões de euros. O preço médio foi de 2,63 euros por litro, o que significa uma subida de 2,8% em relação a 2014. A qualidade maior significa que o setor se modernizou, tanto no que toca às vinhas, como no que diz respeito às adegas. Começaram a aparecer os enólogos na linha de produção que alteraram os padrões dos produtos. É preciso que os canais de exportação sejam cada vez mais para que os nossos produtos agrícolas fiquem a estiolar na casa dos produtores.
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