Nos três dias em que as fronteiras estiveram vigiadas, aquando da visita do Papa Francisco, nos 87.833 carros fiscalizados que transportavam 146.893 pessoas, e ainda na 81 embarcações também fiscalizadas, a GNR fez: 63 detidos a quem apreenderam 36Kg de droga, 46 armas ilegais, 8 veículos e 708 mil euros em notas. Tudo isto foi o resultado de 1.457 ações de fiscalização e vigilância. Por aqui podemos deduzir a quantidade de criminosos que circulam pelas estradas da Europa: traficantes de droga e armas, branqueamento e fuga de capitais, são os crimes mais frequentes.
De notar que este fecho de fronteiras foi avisado antecipadamente e mesmo assim deu este resultado. Tenho para mim que, se em qualquer dia, sem aviso prévio, as fronteiras fossem fechadas, o resultado seria ainda bem mais volumoso; seria bom que isso acontecesse de vez enquando...
É muito bonita a liberdade de circulação dada pelo acordo de Shengen, mas isso seria, se as pessoas fossem de fato capazes de serem livres sem cometer crimes. Aqui está provado que isso não é possível e por isso em nome do bem social terá de haver alguma vigilância sobre aqueles que não são capazes de usufruir da liberdade que lhes dão.
A educação para a liberdade no respeito pelos direitos de todos é um imperativo das nossas sociedades, ditas civilizadas. Esta educação deveria fazer-se nas escolas em primeiro lugar. As prisões deveriam ser escolas, onde os detidos aprendessem a ser livres e não estivessem ali apenas para serem punidos dos seus crimes. O pior é quando o mau exemplo vem precisamente de quem é mais responsável, pelos cargos que desempenha: políticos, autoridades, empresários, etc. Quem não é capaz de ser livre, não está preparado para viver em democracia.
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