Este site utiliza cookies. Ao continuar a navegar no nosso website está a consentir a utilização de cookies. Saiba mais

Ideias e Factos: Falemos do trabalho

Agostinho Dias - 08/03/2018 - 10:17

Dizem as estatísticas que em Portugal se têm criado muitos postos de trabalho, de modo a fazer com que a taxa de desemprego seja a menor dos últimos 10 anos. Isto apesar de em janeiro terem fechado três empresas que despediram 1.480 pessoas: a Ricon, a Triumph e a Cofaco; isto apesar, de a Soares da Costa estar a dispensar 700 trabalhadores e a reestruturação dos bancos estarem a despedir gente. Mesmo assim os cursos dos Centros de Emprego ainda têm muitos candidatos em várias valências. Há ainda aqueles que já esgotaram o tempo para o subsídio de desemprego e que estão a viver do rendimento de inserção social.
O mais estranho no meio disto tudo, é que há setores da nossa vida empresarial que, têm falta de trabalhadores e não os encontram: acontece nas empresas de hotelaria e turismo, nos lares, nos têxteis, conforme as regiões de que estejamos a falar. Os empregadores acusam os frequentadores dos cursos dos centros de emprego, de saltitarem de curso para curso, estarem a ganhar o subsídio por isso, e não quererem trabalho, quando lho oferecem. Os desempregados acusam os empresários de lhes pagarem pouco, de terem de se deslocar à sua custa e de não lhe darem condições de trabalho; por isso preferem viver dos subsídios, o que lhe dá menos dores de cabeças…
Talvez que a uns e outros seja preciso refletir no que significa o trabalho para o ser humano e no que são as condições dignas de trabalho. Segundo a Labore exercens, de João Paulo II, o homem “participa mediante o seu trabalho na obra do Criador e, num certo sentido, continua, na medida das suas possibilidades, a desenvolvê-la e a completá-la”. Este é o significado mais profundo do trabalho que realiza o ser humano. Quanto às condições dignas de trabalho, a mesma encíclica exige “uma justa remuneração do trabalho das pessoas adultas, que tenham responsabilidades de família, aquela que for suficiente para guardar e manter dignamente a família e para assegurar o seu futuro”. 

 

COMENTÁRIOS

DC
à muito tempo atrás
A Soares da Costa não está a dispensar ninguém nem dispensou desde 2012.