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Ideias e Factos: Indicadores perigosos

Agostinho Dias - 14/07/2016 - 16:43

Saiu o barómetro do 1.º semestre de 2016, da D&B que compara a quantidade de empresas e outras organizações em junho de 2015 e 2016. No 1.º semestre de 2016 nasceram em Portugal 20.377 novas empresas e outras organizações, menos 4% do que no mesmo período de 2015, e encerraram 6.708, mais de 1,2% do que no ano passado. O balanço é negativo como vemos, pois este ano por cada uma que encerra há 2,2 que iniciam, e em 2015 foram 2,4.
As empresas que nasceram são sobretudo das atividades imobiliárias, alojamento, restauração e construção, pelo que temos um incremento da construção civil e turismo; as que encerram são sobretudo indústrias transformadoras, sectores de serviços (-230), agricultura, pesca e caça (-277), retalho (-415) e grossistas, ou seja setores do comércio e indústria e agricultura.
No distrito de Castelo Branco houve em 2016, o nascimento de 262 empresas, menos 19 (-7,3%) do que em 2015; houve 30 insolvências, tantas como no ano anterior, e houve 104 encerramentos, mais 28 (36,8%) do que em 2015. De notar que os processos de encerramento dizem todos respeito a pessoas coletivas. 
A leitura destes números mostram uma economia a descer em 2016, fruto certamente da falta de investimento em novas empresas. Mostram ainda que os setores com alguma recuperação e turismo dizem sobretudo respeito ao litoral, já que no interior a agricultura, pesca e caça continuam a decair. Mostram ainda que o pequeno comércio continua a cair, certamente devido às grandes superfícies que estão em alta.
Os nossos governantes contrariando estes números dizem que a economia está a crescer, o deficit a baixar e por isso não são necessárias medidas suplementares, nem aceitam castigos da União Europeia. Só que lá, também conhecem estes indicadores….

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