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Ideias e factos: Ladrões de bancos

Agostinho Dias - 12/04/2018 - 9:59

Noticiavam há poucos dias os jornais que, nos últimos dez anos, os contribuintes portugueses pagaram 23,7 mil milhões de euros para salvar bancos da falência; dá 2.300 euros por cada português. Chegou-se a esta situação devido às imparidades, isto é, devido ao fato de os bancos emprestarem, ou darem dinheiro a quem depois não o pagou. Aqui tão ladrão é o que vai à vinha, isto é, o cliente do banco, como quem fica ao portão, isto é o banqueiro que emprestou, ou deu o dinheiro. Foram roubos monumentais que arrombaram a nossa economia que teve de pedir empréstimos à Troika para sobrevivermos. Foram a causa de despedimento de milhares de bancários que ficaram sem os seus postos de trabalho. Fizeram fechar centenas de agências bancárias que prestavam serviços aos portugueses. Obrigaram os clientes dos bancos a pagarem custas para ali terem o dinheiro, em vez de receberem juros por eles. Roubaram as economias de muitos pobres que as tinham depositadas nos bancos falidos. Tudo isto demonstra que foi um crime de grandes consequências e que estragou a vida de muita gente, aquele que foi cometido.
No entanto, se olharmos para os banqueiros, ou para os ladrões que eles ajudaram, todos dizem que diante disto tudo estão de consciência tranquila. Muitos deles estão a receber reformas milionárias, e quando lhes dizem que têm de pagar o que devem, declaram-se insolventes, pois nada têm em seu nome. Que nos conste quase nenhum está preso pelos crimes que cometeu, e há a sensação de que ficarão impunes, porque a justiça tem muita dificuldade em levá-los a tribunal, ou em julga-los em tempo razoável. Afinal este é o crime que ia causando a ruína do país, que nos fez sofrer a todos, mas ao que parece sem consequências para quem o cometeu.

 

 

 

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