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Ideias e factos: Não está fácil

Agostinho Dias - 21/09/2017 - 9:46

Estamos na fase de preparação do orçamento para 2018, que será apresentado a 13 de outubro na Assembleia da República, e a confrontação social não deixa antever tarefa fácil. A greve da autoeuropa, a greve dos enfermeiros, as ameaças de greve dos médicos, trabalhadores forenses e magistrados, o descongelamento das carreiras da função pública, mormente dos professores e forças de segurança, fazem prever um orçamento com muitas despesas a que não corresponderá facilmente a necessária receita. Como diz o ministro das finanças a manta é curta para tapar tanta despesa. Alguém terá de ficar para trás, e isso é o que ninguém aceita.
A agravar tudo isto, temos um P.C.P. e um Bloco a colocarem-se sistematicamente ao lado dos grevistas e trabalhadores, e a pedirem o alívio da carga fiscal no I.R.S., o que não deixa antever vida fácil ao Partido Socialista no governo, que é quem tem de elaborar o orçamento. Só há duas opções possíveis: agravar o défice e voltarmos à dívida, deitando a perder a caminhada que estamos a fazer, ou mantermos o défice por volta do 1%, mas neste caso tendo de enfrentar os partidos de esquerda e os sindicatos que clamam pelo descongelamento das carreiras e por aumentos do rendimento dos trabalhadores. Não me parece que seja fácil partir para o aumento de impostos como o I.R.C. sobre as grandes empresas, sem correr o risco de as vermos deslocalizar para fora do país. 
O turismo tem dado para muito, mas não poder dar para tudo…

 

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