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Ideias e Factos: O desenvolvimento do Interior

Agostinho Dias - 24/11/2016 - 16:27

Todos reconhecemos que o interior do país apresenta altas taxas de desertificação, com aldeias a acabar, devido ao alto índice de envelhecimento da sua população.

Há mesmo o ditado: “Portugal é Lisboa e o resto é paisagem”.

Eu diria que o litoral todo, leva vantagem ao interior desertificado.

Reconhecendo isto, em outubro passado o Governo aprovou 164 medidas para valorizar o interior do país.

Entre elas estão um quadro fiscal mais favorável, a reativação de 20 tribunais encerrados, a reclassificação de 23 antigas secções de proximidade, a articulação entre os politécnicos e universidades do interior, benefícios fiscais para as pequenas e médias empresas que aqui se instalem, incentivos de 40% da remuneração base para a colocação de médicos, etc.

Tudo isto para “a valorização deste território que se encontra mais perto dos mercados europeus”.

Diz o documento que tudo isto foi feito “em consonância e diálogo com autarquias e demais parcerias locais, como as universidades”.
Esperamos que isto signifique uma real descentralização do poder central, libertando o país da macrocefalia asfixiadora da capital, pois o documento estatal diz que “a palavra local será decisiva”. 
De facto temos vindo a noticiar nos últimos números do nosso jornal a formação de incubadoras de empresas nos concelhos de Castelo Branco, Idanha-a-Nova e Penamacor.

Em Idanha promete-se mesmo a criação de mil empregos verdes na agricultura, nos próximos 10 anos.

Para que estes projetos se realizem é preciso aparecerem investidores com capacidade para levar por diante muitos destes projetos que já existem no azeite, queijo, vinho ou pecuária e outros que os nossos politécnicos vão apresentando.

Fala-se em áreas como o castanheiro, o medronho, ou o figo da Índia, no concelho de Castelo Branco.

O mirtilho ou os frutos silvestres em Idanha.

A cultura de regadio em Penamacor,

As indústrias transformadoras destes produtos serão um complemento importante.

É preciso que este sonho não morra, por falta de dinheiro ou de pessoas...

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