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Ideias e factos: O milagre económico

Agostinho Dias - 28/06/2018 - 9:34

O milagre económico tão apregoado em 2017 pelo nosso governo tarda a produzir efeitos. Fora prometida a contratação de 750 médicos de saúde familiar e eles não aparecem. Foi prometido intensificar os cuidados continuados em casa para deixar livres os hospitais, mas pouco tem sido feito. Disse-se que se garantiam as 35 horas de trabalho semanal a todos os profissionais de saúde, mas esses profissionais queixam-se de fazer muito mais de 40 horas, contando o trabalho extraordinário que têm feito. Os professores entenderam que iriam recuperar, para a reestruturação das carreiras, todo o tempo de serviço e agora acenam-lhe com pouco mais de dois anos e meio. Os políticos enchem a boca com a coesão territorial de modo a promover o interior, mas continuam a fechar agências da Caixa Geral de Depósitos, postos da G.N.R., há menos subsídios para a agricultura, fecham-se escolas com numerosos alunos, como foi o caso de Poiares.
Por tudo isto a agitação social tem sido grande com greves, manifestações, protestos.  Nas escolas o fim do ano está ameaçado por esses protestos. Para quem disse tanto mal dos exames parece que em alguns casos é a nota do exame que vai contar, por não haver outra avaliação. Na saúde já é o salve-se quem puder, todas ralham e ninguém tem razão. Na origem de tudo isto está o fato de o governo ter querido virar a página da austeridade muito rapidamente: uma ação de propaganda, veio falar do milagre económico, prometeu tudo, toda a gente se convenceu de que agora é que era, e quando caímos na realidade, não foi bem assim. É preciso os políticos aprenderem a não prometer o que não podem dar, porque “a pobre não devas e a rico não prometas”.

 

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