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Ideias e factos: Perspetivas para 2018

Agostinho Dias - 04/01/2018 - 9:50

O ano novo traz consigo as inevitáveis subidas do custo de vida, a par dos pequenos aumentos nos ordenados e pensões, muitos deles engolidos pela inflação. Comecemos pela subida dos impostos: imposto único de circulação, imposto sobre veículos no ato da compra, portagens, e imposto sobre combustíveis, sobem todos 1,4%, pelo que andar de carro continua a ser um luxo; mas se nos quisermos deslocar pelos transportes públicos, estes aumentaram 2%, havendo uma dedução de 6% no IVA dos passes sociais ao declarar o IRS. Para quem quis uma nova lei do financiamento dos partidos para acabar em segredo, à porta fechada e sem atas, com o pagamento do IVA por via do seu reembolso, não se preocuparam nada com estas subidas… Há ainda os impostos sobre o álcool e bebidas alcoólicas que sobe 1,5%, sobre o maço de tabaco que sobe 2,1%, e as bebidas açucaradas que sobe 1,5%.
No que toca às casas, a sua compra sobre 5%, as rendas podem subir 1,12%. Quanto ao que se come e bebe, o pão sobre 20%, o azeite 30% e os ovos 5%. Apenas baixa a eletricidade, para quem está em regímen regrado, em 0,1%; já na EDP Comecial sobe 2%. Por tudo isto vamos para já ter a vida mais cara no ano que agora está a começar.
Aqui no interior do país continuamos à espera do cumprimento das promessas, repetidas na mensagem de Natal do sr. Primeiro Ministro, de diferenciação pela positiva. Para tal seria preciso um estatuto novo para os territórios de baixa densidade, investir na construção da barragem do Alvito, na fixação de médicos, na redução das portagens, na criação de empregos estáveis, na reforma das florestas, na despoluição dos rios, na extensão do regadio, etc. É certo que vivemos aqui cada vez menos pessoas, e por isso os votos nas eleições não contam tanto, mas não queremos ser portugueses de segunda em relação aos do litoral. Também não queremos que seja preciso alguém deitar o fogo ao pouco que cá temos, para o governo olhar para nós… 

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