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Ideias e Factos: Seca Severa

Agostinho Dias - 12/10/2017 - 9:58

M ais de 80% do nosso território encontra-se em seca severa ou até mesmo extrema. Começa a faltar água e pastagem para os gados, as sementeiras do verão ficaram por fazer ou definham e até já há povoações a serem abastecidas por autotanques. Na barragem de S. Águeda que serve a nossa zona já se nota bem a descida das águas cada vez mais acentuada. Em diploma publicado no Diário da República de 24 de julho, diz-se que o ano se tem caraterizado “por défice de precipitação, valores das temperaturas médias e máximas muito acima do normal, com ondas de calor muito acima do normal”.
Enquanto as torneiras forem correndo vivemos tranquilamente, não pensamos em poupar água e achamos que o problema é só para os que vivem do campo ou da pecuária. Esquecemo-nos que afinal todos precisamos daquilo que o campo produz e mesmo o nosso abastecimento diário está em risco. Quem não se lembra dos cortes de água nas torneiras há alguns anos atrás?
É necessário convencermo-nos de que a água é um bem comum precioso, sem o qual não podemos passar e passarmos a tratá-la como tal: sem desperdícios, nem gastos supérfluos. É preciso ir mais longe e ver as causas destas secas, fruto de alterações climáticas que não queremos reconhecer, para não termos de alterar os nossos hábitos de consumo e de vida. É muito sério o que o Papa Francisco nos diz na Laudato Si: “a humanidade é chamada a tomar consciência da necessidade de mudança de estilos de vida, de produção e consumo, para combater este aquecimento, ou pelo menos, as causas humanas que o produzem e acentuam. O acesso à água potável e segura é um direito humano essencial, fundamental e universal, porque determina a sobrevivência das pessoas, e portanto, é condição para o exercício de outros direitos humanos”.

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