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Ideias e factos: Semana da vida- eutanásia

Agostinho Dias - 10/05/2018 - 9:34


A Igreja Católica celebra em Portugal a Semana da Vida, de 13 a 20 de maio, e os seus responsáveis resolveram trazer para debate público o tema da “eutanásia… o que está em jogo”. Pretende-se assim um debate sereno sobre o tema que “envolve a ética, a medicina, o direito, a filosofia, a religião… e onde se misturam experiências pessoais e familiares”, como refere o guião preparado pelo Departamento Nacional.  A Conferência Episcopal Portuguesa publicou em 2016 num documento sobre o tema intitulado “Eutanásia: o que está em jogo”. O tema parece oportuno tanto mais que já está agendada a sua discussão pelos partidos para o dia 29 de maio, no Parlamento Português.
É preciso clarificar conceitos: morte assistida, não é o mesmo que morte provocada. A morte assistida supõe cuidados paliativos, ajuda a morrer em paz e sem dôr; a morte provocada supõe atentado contra a vida, a fim de diretamente lhe pôr fim. Morte assistida não é o mesmo que distanásia que consiste em prolongar indefinidamente a vida vegetativa com a ajuda das máquinas. A Constituição Portuguesa defende o direito à vida e á sua proteção, desde o nascimento até à morte natural. Em Portugal os médicos e enfermeiros fazem o juramento do Hipócrates pelo qual se obrigam à defesa dessa vida até à morte natural. É com esta confiança que os doentes se lhes entregam para que os tratem e não para que os matem.
A morte, nunca é solução dos problemas, mas tão só a maneira de acabar com eles de vez. É preciso procurar soluções de vida, através de cuidados continuados, cuidados paliativos, lares e centros de acompanhamento que ajudem as pessoas idosas, doentes física ou psiquicamente, a viverem, e não condená-las à morte por falta de cuidados. Deixemo-nos de “morte agradável” provocada, e fiquemo-nos pela morte natural assistida…  

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