Este site utiliza cookies. Ao continuar a navegar no nosso website está a consentir a utilização de cookies. Saiba mais

Incêndio de Ródão

A. Escarameia - 03/08/2017 - 9:34

Falando concretamente da mancha de pinhal existente na encosta da Senhora do Castelo, desde a Barroca da Senhora até à capela de Nossa Senhora do Castelo e Castelo do Rei Wamba, mas em especial, junto à referida capela, era vergonhoso o estado em que se encontrava a mata ali existente.

Partilhar:

Foto Mário Benjamim

Falando concretamente da mancha de pinhal existente na encosta da Senhora do Castelo, desde a Barroca da Senhora até à capela de Nossa Senhora do Castelo e Castelo do Rei Wamba, mas em especial, junto à referida capela, era vergonhoso o estado em que se encontrava a mata ali existente. 
Terça-feira, dia 25. O cenário das chamas era de horror. Só de longe podia ser observado. Sobre a ponte do Rio Tejo, muitas pessoas observavam a luta entre as forças terrestres e aéreas contra as chamas que lavravam, serra acima. As forças da natureza impunham-se às dos homens. 
A meio da tarde, as chamas já com muitos metros de altura, galoparam repentinamente para junto da capela que já se encontrava rodeada de chamas. Os meios terrestres não tinham acesso ao local e os aéreos eram impotentes na luta contra as chamas galopantes.
Os comentários de quantos nos encontrávamos sobre a ponte do Tejo eram unânimes: “só por milagre a capela ficará intacta, em virtude de as portas e a estrutura do telhado serem de madeira e os materiais combustíveis existirem até junto do edifício”.
Quarta-feira, de manhã cedo, os acessos foram abertos. O pároco que escreve o que viu, ao chegar à capela ficou impávido, não sabia se havia de rir ou de chorar. Dois sentimentos opostos lhe invadiram o estado de alma: era a tristeza da tragédia, pelos prejuízos causados a tantos particulares, e indiretamente ao concelho e ao país, e por outro lado, a alegria de ver o milagre (ou não, conforme o ponto de vista de quem nos lê) de uma capela intacta, sem um único sinal de fogo, quer nas paredes, quer nas portas e livre de todo o material combustível que nos amedrontava…
Obrigado, Mãe de Jesus, Senhora do Castelo!... Agora, este teu devoto vai providenciar com a comissão religiosa e anunciar em todos os locais de culto, que a festa em tua honra, no dia 15 de agosto, vai ser na realidade, na tua casinha, na “Capela de Nossa Senhora do Castelo”, às 17,00 h e não no largo de Vilas Ruivas como vinha sendo anunciado. De certeza que os festeiros, com quem ainda não falei, estarão de acordo, pois é um ato de justiça, para Contigo. Obrigado!

A. Escarameia

COMENTÁRIOS