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Justiça: Agressor de GNR fica em preventiva

Lídia Barata - 15/03/2018 - 8:00

Ficou em prisão preventiva, ao abrigo do processo referente ao crime militar, o homem que agrediu e roubou a arma a um militar da GNR e andou a monte cerca de dois meses.  

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O roubo da arma e a tentativa de homicídio poderão vir a ser julgados num único processo

Humberto Prazeres, o homem de 25 anos que em janeiro deste ano agrediu e roubou a arma de serviço a um militar da GNR de Castelo Branco, tendo depois fugido, foi detido na manhã de quinta-feira, dia 8 de março, num acampamento na Carapetosa, concelho de Vila Velha de Ródão, onde estaria junto de alguns familiares.

Chegou a suspeitar-se que o foragido se tivesse refugiado em Espanha, em Salamanca, mas, após dois meses a monte, assim que localizado na Carapetosa, a Polícia Judiciária Militar, que coordenou esta operação de busca e detenção, com o apoio da GNR de Castelo Branco, deteve o indivíduo, que ainda tentou voltar a fugir, mas responde agora por dois crimes graves.

Dada a região de Castelo Branco, em termos de divisão territorial, fazer parte da área de jurisdição da delegação do Porto da PJ Militar, o homem foi presente a um juiz, na 9,ª Secção do Departamento de Investigação e Ação Penal daquela cidade, para responder sobre o roubo da arma de serviço roubada ao militar que o perseguia, uma Glock 9 milímetros, classificada como material de guerra. Ou seja, no Porto responde por um crime militar, tendo-lhe sido aplicada a medida de coação mais gravosa, a de prisão preventiva, ao abrigo deste processo. Mas, por outro lado, em Castelo Branco, responderá por outro crime grave, o da tentativa de homicídio na forma tentada, não tendo sido ainda ouvido sobre este processo, nem recebido a respetiva medida de coação. Um dos cenários prováveis, é que, na sequência de um acordo entre as duas instâncias judiciais, os dois processos possam juntar-se num só. Mas, para já, decorrem em separado, no Porto e Castelo Branco.

Recorde-se que a pistola roubada a 10 de janeiro já tinha sido recuperada, no âmbito de uma outra operação da PJ Militar, desenvolvida também na área de Castelo Branco. A arma foi roubada a um militar do Destacamento de Trânsito do Comando Territorial da GNR de Castelo Branco. Esta ocorrência resultou da perseguição pelos militares a uma carrinha que não obedeceu à ordem de paragem, numa operação de rotina, tendo fugido para uma estrada secundária entre Castelo Branco e Maxiais, onde o veículo perseguido se despistou, com cinco pessoas a bordo. Estes ocupantes saíram da viatura e agrediram os dois guardas militares, tendo um deles sido atingido na cabeça. Humberto Prazeres acabou por fugir com a arma do militar, mas os outros quatro indivíduos, um homem e três mulheres, acabaram detidos. O militar agredido na cabeça foi assistido no Hospital Amato Lusitano, em Castelo Branco, tendo novamente sido vaiado e insultado pelos familiares do fugitivo e das duas mulheres que foram presentes a Tribunal, mas que ficaram em liberdade.

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