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Leitores: Negociar, Visitar e Viver. Castelo Branco perde posições

Carlos Almeida - Presidente da Comissão Política Concelhia e candidato do PSD ao Município de Castelo Branco - 13/04/2017 - 10:05

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1. O futuro de qualquer cidade depende da competitividade da sua economia, das suas empresas, da qualificação e bem-estar das pessoas, pelo que requer uma gestão de forma a atingir os objetivos previamente definidos. 
2. Recentemente,  foi publicado um documento com a designação, Bloom Consulting Portugal City Brand Ranking 2016, que é uma referência para a análise do desempenho dos municípios em áreas estratégicas como o investimento, o turismo e atração de talentos. A Bloom Consulting é uma empresa com larga experiência e bastante sucesso, reconhecida internacionalmente na elaboração de rankings. É referenciada com frequência por órgãos de comunicação social como “The Economist”, “Forbes”, “CNN”, entre outros.
3. O estudo mencionado é feito com base num algoritmo concreto e rigoroso. De acordo com a metodologia da Bloom Consulting, existem cinco dimensões: atração de investimento, atração de turistas, atração de talento, aumento de proeminência e das exportações. Em síntese, poderíamos descrever a fórmula como Negociar (Investimento), Visitar (Turismo), Viver (Talento), promoção e comunicação que é levada a cabo por cada um dos Municípios Portugueses.
4. Após uma análise cuidada destes dados, verificamos que Castelo Branco ocupa o 32º lugar em 2016. Muito preocupante é o facto de num curto período de tempo (2014 a 2016) termos descido 7 lugares. Estamos a perder competitividade. As oportunidades de criar emprego estão a ser melhor aproveitadas por outros Municípios. Somos cada vez menos atrativos. Geramos cada vez menos riqueza. Consequentemente, perdemos capacidade de fixar pessoas e Castelo Branco é olhado, sobretudo, pelos jovens como uma possibilidade cada vez menos atrativa para residir.
5. Todavia, mais preocupante que a descida dos 7 lugares neste ranking é a combinação deste estudo com os resultados obtidos por Castelo Branco nos valores das exportações (INE, 2015), das receitas do turismo (INE, 2015) e do Índice de Transparência (2016). São dados que nos suscitam muitas preocupações em nome de um futuro imediato mas, essencialmente, das gerações vindouras.
6. Não basta ter todos os dias mais razão do que na véspera. Por isso, entramos neste confronto político, desejável em democracia, com as evidências concretas. Tal implica pesquisar, refletir e questionar as ideias pré-concebidas. Este esforço é feito em função de um desígnio: encontrar respostas concretas para as pessoas que vivem no concelho. Antecipar caminhos é dispor de uma estratégia que faça uma aposta clara nas pessoas, no investimento reprodutivo, na inovação e na captação de talentos. O pior que nos pode acontecer é o futuro bater à nossa porta e não estarmos preparados para o receber.

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