Num primeiro episódio de pânico, poderão ficar armazenadas, quer na amígdala, quer no hipocampo, sensações, emoções e características do ambiente aquando da experiência emocional, podendo desencadear situações similares no presente e no futuro.
Num primeiro episódio de pânico, poderão ficar armazenadas, quer na amígdala, quer no hipocampo, sensações, emoções e características do ambiente aquando da experiência emocional, podendo desencadear situações similares no presente e no futuro. O que muitas vezes é percecionado na EMDR, é que estas sensações foram sentidas no passado, em criança ou na adolescência após uma experiência traumática (escuridão, local fechado, sentir-se subitamente sozinho num espaço amplo e estranho).
A intervenção psicoterapêutica com EMDR vai atuar na primeira situação de pânico ou na situação que está mais presente na memória da pessoa, sendo essa a que reflete uma maior intensidade emocional.
Assim, através desta técnica, é possível “descongelar” as lembranças armazenadas nas redes de memória, no decurso do processamento ICES – Imagem, Cognição, Emoções, Sensações, permitindo, não apenas, que a pessoa deixe de sentir desconforto quando acede a essas lembranças, como estabeleça um modelo ou matriz positiva para orientar as ações adequadas ao futuro.
Segundo o modelo de SPIA – “Sistema de Processamento de Informação Adaptativo”, com EMDR a pessoa consegue processar lembranças traumáticas, passando para um estado mais adaptativo. Isso significa que os vários aspetos da “informação” (imagens, pensamentos, emoções, sensações, comportamento) foram dessensibilizados, isto é, passaram a ser vistos como incidentes que ocorreram no passado, e que hoje, já não perturbam. Conseguindo-se assim, uma configuração neuronal nova, um modelo para o futuro, isto é, um novo mapa para o cérebro da pessoa.
Psicóloga
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