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Diocese: Ordenação do Padre Miguel Coelho encheu Sé de Portalegre

Florentino Beirão - 10/05/2018 - 9:29

Ao bater da uma da tarde em Alcains, dia 21 de abril, liturgicamente, o Dia do Bom Pastor, juntei-me ao autocarro dos paroquianos da Lardosa- Alcains, para rumar à Sé de Portalegre, um dos berços da diocese.

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Ao bater da uma da tarde em Alcains, dia 21 de abril, liturgicamente, o Dia do Bom Pastor, juntei-me ao autocarro dos paroquianos da Lardosa- Alcains, para rumar à Sé de Portalegre, um dos berços da diocese. Com o nosso autocarro, seguiam outros quatro das diversas paróquias que fazem parte da comunidade cristã alargada, servida pelos padres Ilídio, Castanheira, João Avelino e Eusébio. Entre a oração e os cantares populares, foi-se convivendo, em ambiente agradável, de festa rija. Com uma chuva miudinha, a escorrer, lentamente, pelos vidros, mal se podia espreitar a verdejante paisagem rasteira, envolvida nas árvores calcinadas que morreram de pé, no passado verão. O verde que teimava irromper ao longo dos campos, ia já vencendo o negrume desta triste paisagem, anunciando uma ressurreição da vida, vencedora da morte.
Iniciado o cortejo dentro da Sé, presidido pelo bispo da diocese, Antonino Dias e com o bispo emérito D. Augusto César, acompanhados dos presbíteros diocesanos e de ouras dioceses - com Olivais em força – toda a assembleia dos fiéis, a encher a linda Sé, aguardava o momento mais solene da tarde, a Ordenação Sacerdotal do padre Miguel Coelho (n. 08.09.1979) que, numa entrevista ao jornal Reconquista (12.04.18, p.3), confessou que “desde miúdo que queria ser padre”. Nesta longa entrevista, ficou-se a saber do seu itinerário espiritual, académico e profissional. Uma vocação tardia, muito amadurecida, em contraste com as de outros tempos. 
Na homilia, D. Antonino, optou por fazer uma catequese, sublinhando os principais mistérios da história da salvação. Não esquecendo alguns conselhos paternais ao jovem sacerdote chamando a atenção que o dom que recebia não se destinava sobretudo a ele, mas para o serviço do Povo de Deus.
Amigo Miguel, os meus votos para que a tua vida seja uma fonte de água viva, a partilhar com todos aqueles a quem serás chamado a servir. Pelas provas já prestadas em Alcains, o ideal de Bom Pastor, com “cheiro às suas ovelhas” poderá ser a bússola que poderá marcar as pisadas da tua auspiciosa caminhada. A fé, simplicidade e humildade são já marcas muito auspiciosas na tua vida. Que sejas Feliz. 
PS. Só não gostámos muito foi ver a multidão dos fiéis, vindos sobretudo de Montalvo, terra do neosacerdote, e das várias paróquias que o P. Miguel já serviu, como diácono, durante os últimos tempos, apinhados em redor do altar, espreitado a cerimónia, para a gravar no seu telemóvel. Não seria possível fixar uns ecrãs para que todos os fiéis pudessem usufruir desta longa cerimónia de duas horas? O mesmo no que se refere aos cânticos, dirigidos, com grande mestria por uma freira, apoiada por um coro bem preparado, para favorecer a participação da comunidade?   

 

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