Este site utiliza cookies. Ao continuar a navegar no nosso website está a consentir a utilização de cookies. Saiba mais

Pais em tempo de crises: Meu filho é vítima de bullying na escola

Mário Freire - 11/01/2018 - 9:34

Já nesta coluna foi tratado o chamado ciberbullying, isto é, a violência psicológica que é feita virtualmente, junto de alguém, através da internet (e-mails, blogs, redes sociais) e do telemóvel e consiste em ameaçar e provocar premeditada e repetidamente a vítima. Essa violência permanece indefinidamente no tempo, no espaço virtual, e ultrapassa as fronteiras físicas que vão do agressor à vítima.
Ora, no Liceu Pierre Larousse de Toucy, uma pequena localidade a sul de Paris, existe um Clube de Jornalismo. Seis dos seus participantes prepararam e realizaram uma entrevista a Bertrand Gardette, psicólogo e especialista da adolescência sobre o bullying na escola. De acordo com as respostas dadas pelo especialista à entrevista dos alunos, o bullying na escola pode ser definido por actos malévolos, quer de natureza física, quer psicológica, contra um colega. Os primeiros são mais frequentes em idades mais baixas e consistem em encontrões, pontapés…, enquanto que os de natureza psicológica se traduzem em insultos, troça, boatos caluniosos e podem repetir-se por semanas, meses e, até, anos.  
Segundo Gardette, qualquer um pode ser vítima de bullying na escola, por vezes, bastando mudar de estabelecimento de ensino, embora ele atinja mais aqueles que menores defesas têm, que faltam, que não sentem o apoio familiar… O agressor é alguém que pensa poder ser popular, troçando dos outros, ter sofrido de violência na família, não se sentir bem na escola… 
Há sinais que podem ser detectados pelos pais de que os filhos estão a ser vítimas de bullying escolar: não quererem ir às aulas, faltarem, resultados escolares baixos… Se os pais desconfiarem de que algo de anormal se passa com os filhos, terão que ir de imediato à escola e falarem com alguém responsável, director de turma e/ou director da instituição. Depois, há que esperar da parte dos responsáveis que delineiem uma estratégia, quer para parar de imediato as acções violentas, quer para prevenir outras futuras. A par disso, há que ter consciência de que uma vítima de bullying é uma pessoa fragilizada psicologicamente, com uma autoestima baixa e que precisa de ser valorizada, quer em casa, quer na escola. Um bom ambiente familiar que dê oportunidade aos filhos de falarem abertamente com os pais sobre o que se passa na escola e na sala de aula é factor que em muito pode contribuir para prevenir e atacar esse flagelo que é o do bullying escolar. 
freiremr98@gmail.com

 

COMENTÁRIOS