Este site utiliza cookies. Ao continuar a navegar no nosso website está a consentir a utilização de cookies. Saiba mais

Pais em tempos de crises: Desenvolver a inteligência emocional nos filhos

Mário Freire - 12/01/2017 - 12:07

Inteligência é uma palavra que vulgarmente é utilizada para definir a capacidade de alguém para memorizar, compreender, comunicar, resolver problemas, etc. Há, porém, um outro tipo de inteligência que não tem a ver directamente com a parte intelectual mas, antes, com a capacidade que uma pessoa tem para lidar quer com os conflitos resultantes das suas próprias emoções, como sejam a tristeza, a ansiedade, a ira, quer com os conflitos resultantes das emoções dos outros.
Este tipo de inteligência – a emocional - tornou-se de tal modo significativo que hoje, nos processos de selecção profissional, é um dos itens primeiros a ser testado, sendo determinante no ingresso de uma função numa empresa. E na vida pessoal, familiar e social de uma pessoa, qual a sua importância?
Ora, uma pessoa com uma boa inteligência emocional é alguém que permanece optimista apesar das contrariedades e obstáculos, que consegue acalmar sentimentos aflitivos por forma a não interferirem no trabalho, que não perde o controlo perante situações adversas, nem fica a remoer em silêncio quando está zangado…Por outro lado, essa pessoa está atenta e percebe o que sentem os outros, sendo compreensiva em relação aos sentimentos alheios. Alguém com estas características reúne, pois, condições para ser uma pessoa feliz, tem alguns dos requisitos importantes para singrar na vida, além de se sentir estimada e, até, seguida, por aqueles que a rodeiam. 
Como desenvolver, então, a inteligência emocional dos filhos? Como em quase tudo na educação dentro da família, o exemplo é fundamental. Quando pai e mãe encaram com optimismo a realidade que se lhes vai apresentando, implicando-se ainda mais em encontrar soluções para as situações difíceis, eles estão a evidenciar uma boa inteligência emocional. Quando, perante circunstâncias muito desagradáveis, os pais controlam a ira, não descarregando o mau humor nos outros, estão a ensinar aos filhos como comportar-se em situações penosas, sem perder a dignidade. Quando, perante um comportamento desajustado de um dos elementos da família, se tenta colocar na situação do primeiro, procurando compreender os seus sentimentos e a maneira que o levou a agir daquele modo, está a ser-se empático e a ensinar aos filhos como, na vida de todos os dias, dentro e fora de casa, poderíamos evitar muitos dos conflitos. Enfim, metas importantes para os filhos a que os pais não são alheios! 

COMENTÁRIOS