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Pais em tempos de crises: A comunicação com os filhos adolescentes

Mário Freire - 15/03/2018 - 9:10

Muitos pais queixam-se de que os seus filhos adolescentes dão frequentemente respostas inapropriadas, que se encontram frequentemente de mau humor e que tudo os parece incomodar. Como lidar, então, com estes adolescentes mal-humorados?
 José Luís Carrasco, catedrático de psiquiatria da Universidade Complutense de Madrid, em entrevista ao jornal espanhol ABC, afirma que estes comportamentos são “na maioria das vezes, um processo normal, que não darão origem a um transtorno, mas é importante estar-se atento a certos sinais que podem indicar não tratar-se apenas de um problema da adolescência”. Quando os filhos dão mostras de terem dificuldades para se relacionar com os outros, se se sentem isolados, os pais, sem pressa, tentarão fazer-lhe perguntas sobre a escola, sobre os amigos, sem abordar directamente o problema. “O adolescente mal-humorado é como um lactante que chora. Precisamos acalmá-lo, não pressioná-lo”, diz Carrasco. 
Por outro lado, a psicóloga norte-americana Barbara Greenberg, especialista em assuntos relacionados com a comunicação na adolescência, dá algumas sugestões nesse sentido. Assim, a partir do The Huffington Post, site de notícias e opiniões americanas que tem edições nacionais e internacionais, ela chama a atenção dos pais para os seus próprios comportamentos. Ser demasiado crítico para com os filhos, falar-lhes em tom áspero e alto, preocupar-se mais em dar-lhes conselhos do que em ouvi-los, são comportamentos que não ajudam a que os filhos se abram com os pais. Muitas vezes o que eles mais querem é serem ouvidos. 
Outro tipo de atitudes facilitadoras de uma comunicação mais aberta dos filhos para com os pais, diz-se no site indicado, é o de estes sorrirem para eles, usarem de senso de humor, brincarem, não falarem sempre com seriedade e de coisas importantes mas, também, de trivialidades. Estas mensagens descontraídas entre pais e filhos podem facilitar o desbloqueamento de certos silêncios e maus-humores destes e serem uma abertura para a abordagem de assuntos mais sérios que preocupam os adolescentes e que os pais podem ajudar.
freiremr98@gmail.com

 

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