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Pais em Tempos de crises: Construindo a autoconfiança nos filhos

Mário Freire - 19/07/2018 - 9:42

A autoconfiança traduz a força com que uma pessoa acredita em si própria e nas suas capacidades. Ela apoia-nos no caminhar da vida. Uma pessoa autoconfiante sabe enfrentar os desafios que se lhe vão apresentando, consegue expressar adequadamente as suas opiniões, sem ser arrogante ou defensiva e inspira confiança nos outros. Ela consegue tomar decisões sensatas, mesmo que pressionadas.
Ora, para termos confiança em nós, teremos, igualmente, que gostarmos de nós próprios. E quando é que começamos a deixar de gostar de nós? Se, por exemplo, uma criança e um adolescente se vêem constantemente desvalorizados pelos que lhe são mais próximos, principalmente pais e professores; se tudo o que eles julgam ter feito de bem é ignorado mas se aquilo que foi dito ou feito menos adequadamente tiver logo um juízo severo, é natural que essa criança e adolescente comecem a interrogar-se sobre a espécie de pessoas que elas são. Significa isto que para que alguém possa ser autoconfiante terá, também, de ter auto-estima, isto é, gostar de si, sentir-se valorizado naquilo que faz de bem.
Ora, a autoconfiança, aquela postura que permite enfrentar com determinação os desafios que a vida nos vai colocando, começa a construir-se na infância. E ela tanto pode reforçar-se como, também, desgastar-se e deixar lastros de sofrimento que podem perdurar ao longo da vida. 
Uma educação super-protectora ou autoritária dada pelos pais pode gerar filhos inseguros e sem preparação para assumir responsabilidades e enfrentar dificuldades. Por outro lado, pais que permitem que crianças e adolescentes expressem as suas opiniões, manifestem as suas emoções e desejos, se confrontem com obstáculos que podem ultrapassar estão a estimular a capacidade de decidir dos seus filhos e a desenvolver a sua autoconfiança.
Outro aspecto há que referir que reforça a autoconfiança: o da preparação. Ela traduz o esforço que o sujeito empreende para levar a cabo, com êxito, uma tarefa. Um adolescente que se preparou intensamente para um exame vai, certamente, mais confiante e tranquilo para ele do que um outro que não o fez. Por isso, o estudo, o treino, a preparação cuidada, a persistência no que se pretende alcançar geram a autoconfiança. 
Vasta é a literatura sobre estes temas. Editado em Portugal, poderia sugerir, neste tempo de férias, a leitura do livro “Desperte o gigante que há em si” de Anthony Robbins, Ed. Lua de Papel.

freiremr98@gmail.com

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