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Portagens: Buzinão e marcha lenta entram hoje em Castelo Branco

José Furtado - 22/06/2018 - 12:40

A manifestação é convocada pela Plataforma P´la Reposição das Scuts na A23 e A25. Protesto vai passar pelas principais ruas da cidade.

Plataforma está contra os preços praticados na A23. Foto Reconquista

A cidade de Castelo Branco recebe esta sexta-feira uma marcha lenta e buzinão, em protesto pelo pagamento de portagens na autoestrada da Beira Interior.

A manifestação é convocada pela Plataforma P´la Reposição das Scuts na A23 e A25, da qual fazem parte associações empresariais, sindicatos e utentes dos distritos de Castelo Branco e da Guarda.

A organização agendou três protestos do género para as cidades do distrito de Castelo Branco, sendo este o segundo, depois do da Covilhã ocorrido a 14 de junho.

Em Castelo Branco a concentração está marcada para as 17H00 na rotunda junto ao McDonalds.

O protesto segue pela rotunda do empresário, rotunda dos templários e tílias, cortando para a Escola Superior de Educação em direção à estação de caminhos-de-ferro.

A caravana automóvel passa ainda pelas principais ruas e avenidas do centro da cidade e por instituições como a câmara municipal e a junta de freguesia.

A Plataforma P´la Reposição das Scuts na A23 e A25 promoveu em abril deste ano uma marcha lenta que passou pelas três cidades e terminou na Lardosa, no concelho de Castelo Branco.

A nova onda de protestos avançou depois de se saber em junho que o Governo poderá avançar com uma redução de 30 por cento do custo das portagens na A23 mas apenas os transportes pesados de mercadorias.

José Gameiro, o presidente da Associação Empresarial da Beira Baixa, disse nessa altura ao Reconquista que o alívio de custos é bem-vindo “mas esta é uma medida completamente desgarrada e outra vez discriminatória negativamente” e que não serve “o interior, as populações e o tecido empresarial da região”.

O presidente da associação empresarial – que faz parte da Plataforma P'la Reposição das Scuts – lembra que as transportadoras que operam com pesados são uma ínfima parte da economia regional. A maioria das empresas opera com veículos das classes 1 e 2, que não devem aceder a descontos.

“As grandes transportadoras estão sediadas sobretudo nos grandes centros. Se queremos trazer pessoas para a região não podemos beneficiar só aqueles que estão de passagem”, diz. Na opinião de José Gameiro a hipótese agora conhecida “é uma reação ao medo do bloqueio que os camionistas anunciaram”.

Se esse foi o critério, o presidente da AEBB deixa o aviso: “nós também sabemos fazer bloqueios”.

Esta posição foi também assumida pela União dos Sindicatos de Castelo Branco, que em comunicado acusou o Governo de “andar a gozar com o povo do interior”.