Pinto da Silva sucede a Pinho Martins como diretor-geral. Foto Adriana Martins/ Reconquista
A redução do preço das portagens ocorrida em agosto do ano passado não teve grande influência no tráfego registado ao longo dos últimos meses na autoestrada da Beira Interior.
A ideia foi deixada esta quarta-feira por Pinho Martins, que acaba de deixar o cargo de diretor-geral da empresa Scutvias, que é assumido a partir desta semana por Pinto da Silva.
A mudança está relacionada com as alterações na estrutura acionista da empresa concessionária da A23, com o grupo espanhol Globalvia a assumir uma posição maioritária.
Pinho Martins esclareceu que o impacto desta medida “não se consegue medir ainda, em primeiro lugar porque é mais duradouro que dois ou três meses”.
Por isso só em agosto é que é possível ter uma avaliação mais rigorosa, mas no entanto verificou-se um acréscimo, ainda que tímido, do número de veículos que utilizam a A23.
“Com os primeiros seis meses o impacto não foi muito grande, nomeadamente nos ligeiros. Os pesados foram os mais atraídos pelo desconto e na verdade sentiu-se a diferença, mas estes pesam pouco no nosso TMDA (tráfego médio diário mensal)”, afirmou Pinho Martins.
O diretor-geral cessante calcula que neste arranque o tráfego terá aumentado cerca de cinco por cento mas até 31 de julho essa taxa já se verificava mesmo sem descontos.
Pinto da Silva, o novo diretor-geral, disse que ainda é cedo para dizer o que vai ser a sua gestão “mas não há muito por onde inventar”.
“O objetivo dos gestores desta infraestrutura é mante-la com qualidade e prestar um bom serviço aos utentes”, afirmou aos jornalistas.
O novo diretor-geral teve a sua primeira aparição pública na apresentação do Festival de Música da Beira Interior, cuja 12.º edição arranca já a 4 de março.